Desequilíbrios Mentais em cães e gatos.

O médico Phil era dono de Alf, um Pastor Australiano de 16 anos que começou a apresentar um
comportamento anormal, não reconhecia mais os locais da casa. Por ser médico neurocirurgião, o
dono de Alf notou que ele estava sofrendo de um tipo de mal de Alzheimer canino, que endurece
as artérias responsáveis por levar sangue ao cérebro dos animais, prejudicando o fornecimento de
oxigênio e nutrientes.

O dono do Pastor, soube que pesquisadores consideram ser importante distinguir entre comporta-
mento normal do bicho e aquele considerado exagerado. Por exemplo, a agressividade é normal em
determinadas situações, como a defesa do território. O problema é quando o animal por algum
motivo está doente e se torna agressivo, nesse caso, a frequência, a duração e o contexto em que
essas atitudes ocorrem significam um comportamento fora do padrão ou de anormalidade.

A veterinária Ceres Faraco explica como se dá a relação entre os fatores genéticos e os externos na
construção das percepções dos seres vivos. Os estímulos internos, como as variações hormonais
acionam respostas capazes de gerar o comportamento, que aliado as modificações do ambiente
externo, são coletados e levados ao sistema nervoso central.

Animais domésticos podem sofrer de ansiedade elevada, podendo ocorrer casos de transtorno
compulsivo, em que eles lambem partes do corpo ininterruptamente, ao ponto de se ferir.

No livro Animal Madness, a Dra. Lauren relata que cuidou de um cão que passou por uma famí-
lia que lhe dava toda atenção e carinho até o momento em que uma das filhas engravidou. De
repente o câozinho já não era o queridinho peludo da família . Sua reação a isso foi fazer cocô
onde não deveria, atacar o vizinho e ganir para reconquistar a afeição que perdera. A escritora
concluiu: Se a genética do cão pode ter efeito sobre o seu comportamento, certamente suas
experiências com os humanos também determinaram seu triste destino.

Apesar das discussões sobre a existência ou não de emoções em animais, a tentativa de melhorar
a saúde mental de animais domésticos ganha cada vez mais adeptos. O Zoólogo Alexandre Rossi,
cuidou de Nick, um Fox Terrier de pequeno porte pêlo cinzento em Moema-SP. de 11 anos de
idade, que nunca despertou qualquer tipo de receio, mas basta o pequenino se levantar do quintal
e latir sem parar exibindo seus caninos afiados. O dono do Terrier, diz que ele sempre mostrou
um comportamento agressivo, alterando momentos de calma com ataques de raiva.

O cão Nick passou a receber doses diárias do medicamento gardenal , por conta de
convulsões que o atormentaram ao longo da vida, mesmo com o treinamento para acalmá-lo,
o dono ainda acha que ele está agressivo em algumas ocasiões.

Especialistas sugerem algumas recomendações que podem ajudar ao seu animal a ter uma vida
saudável, tanto fìsica quanto mentalmente.
1- No período de ausência do dono, parte da ração deve ser escondida dentro de tijelas e de
brinquedos para que o animal use o faro e se mantenha ocupado.

2- Com o borrifador, espalhe substâncias químicas semelhantes aos ferôrmonios para tranquilizar
os Pets.

3- Os donos devem se habituar a passear com os seus animais, eles precisam se exercitar.

4- O afeto que damos aos nossos peludinhos é importante, mas mas devemos impor limites
para que eles atendam sempre aos donos previnindo a agressividade e a ansiedade.


Marc Bekoff, Biólogo com doutorado em comportamento animal afirma que ¨enquanto a
consciência humana se baseia em grande parte na linguagem, a consciência dos animais é
mais sensorial, eles têm sentidos mais aguçados para prosperar no ambiente em que vivem ¨.

                                                     


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