NUTRIR O PLANETA-ENERGIA PARA A VIDA.

A campanha ¨Objetivos do Milênio ¨ da FAO, usou a Expo Milão 2015 dedicada à nutrição para
relançar a agenda do pós-2015 com o Objetivo Fome Zero. No primeiro Objetivo do Milênio foi reduzido pela
metade o percentual de pessoas com fome em comparação com 1990-1992, a incidência da fome
sobre a população global diminuiu em cerca de 40%, passando de 19% para 11,3%. No mesmo
período, mais de 200 milhões de pessoas sairam da fome, agora o cenário é de erradicar a fome no
mundo.


A carta de Milão foi muito importante para assegurar que temas cruciais da ONU e de cada país,
como o direito à alimentação, o desperdício alimentar, os sistemas agrícolas sustentáveis e a justa
atenção ao empoderamento feminino, estejam na lista de nossas ações e prioridades.

As mudanças climáticas estão colocando à prova os sistemas alimentares atuais, as estatísticas
revelam que, para saciar os 10 bilhões de habitantes de Terra, a produção agrícola deverá aumentar
em pelo menos 60% até 2050. Neste momento, no mundo, 805 milhões de pessoas passam fome,
das quais, 165 milhões são crianças. Mais de dois bilhões de pessoas de todos os continentes
sofrem com a carência de micronutrientes, a chamada ¨fome oculta ¨, ou seja, não ingerem as
vitaminas ou minerais em medida suficiente para uma vida saudável e ativa.


Ao mesmo tempo, cresce o problema da obesidade, com cerca de meio bilhão de habitantes obesos
e um bilhão e meio com sobrepeso. Países em desenvolvimento, que conseguem manter uma
renda média, hoje, paradoxalmente, estão tendo que combater ao mesmo tempo, dois problemas,
a fome e a obesidade.

Na primeira fase da Campanha Objetivos do Milênio, 63 países conseguiram reduzir a fome pela
metade, por exemplo: o Brasil, Camarões, Gana, Peru, Tailândia. Estes países conseguiram bons
resultados. Os governos da África e da América Latina assumiram um objetivo mais ambicioso:
a completa eliminação da fome até 2025, com o apoio da FAO.

Cada indivíduo pode ajudar muito nessa tarefa de erradicar a fome no mundo, por exemplo, um
terço dos alimentos vendidos nas cidades é jogado fora, e com isso toda água, a energia e os
insumos e equipamentos usados para produzí-los. Um desperdício aparentemente insignificante
que pode ter consequências devastadoras sobre os recursos naturais. Desperdiçar alimentos, solo,
energia, recursos, é um luxo que não podemos mais nos permitir.


Se a sociedade organizada quiser vencer a batalha contra a fome, será necessário investir muito
mais em agricultura suatentável e reconhecer a importância dos agricultores. Certamente, o
papel da FAO na Expo Milão 2015, foi levar a voz de 805 milhões de pessoas que ainda hoje
passam fome com o slogan: ¨Desafio Fome Zero, unidos por um mundo sustentável¨.

                                                             www.ecocitycyro.com.br ( site do mesmo autor do blog).

Comentários

  1. Campanhas para doação de alimentos e água potável devem
    ser incentivadas para ajudar a quem está precisando.
    Doação também é um ato de amor ao próximo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Nossa intenção é proporcionar aos leitores, uma experiência atualizada sobre os fatos globais que possam ser discutidos
e possam provocar reflexões sobre o modelo de sustentabilidade
que desejamos adotar para garantir agora e no futuro a qualidade
de vida para todas as espécies da Terra.