SUSTENTABILIDADE- Reuso da água de esgoto é tendência.

Só a conservação já não é suficiente para livrar as metrópoles da escassez de água, infelizmente todas
as fontes conhecidas de água já acabaram em várias partes do mundo, ou achamos novas fontes ou
vamos ter conflitos e até guerras pela água ainda disponível.

Essa é a perspectiva do americano David Sedlak, um dos maiores especialistas em segurança hídrica
de cidades, no mundo. Ele considera que o desenvolvimento de novas tecnologias para se obter água
irão influenciar a oferta do recurso no futuro.

Em 2014, em São Paulo, o Sistema Cantareira teve um decréscimo constante do volume de água que
abastece 9 milhões de pessoas na região metropolitana, por conta da estiagem que também afetou
seriamente o volume de água dos reservatórios do Rio de Janeiro. O grave cenário, obrigou o
prefeito da grande São Paulo, a se pronunciar para tranquilizar à população de que não faltaria água
mas haveria racionamento do recurso natural na cidade.


Segundo o pesquisador americano David, a demanda por água em São Paulo já ultrapassa 4% a quantidade disponível nos reservatórios, e em menos de dez anos essa diferença pode triplicar.
Obviamente, contribuem para isso, o crescente consumo e os desperdícios frequentes.

Além de São Paulo, Los Angeles também enfrenta crises severas de falta de água, o pior é que a
população dessas cidades continuará crescendo e as pessoas querem consumir cada vez mais água.
A solução para as cidades superpopulosas é o que o ¨professor ¨chamou de água 4.0, que utiliza
o reuso do esgoto tratado e a dessalinização da água do mar para minimizar o problema de
abastecimento.

Por sorte, o preço da água obtida por dessalinização caiu cerca de 50% nos últimos 20 anos, à
medida que as empresas do ramo melhoraram a tecnologia de seus equipamentos. Atualmente,
metade da água potável de Perth na Austrália e em Israel, vem do mar. A Espanha está com
usinas novas em construção. A dessalinização há mais de vinte anos é comum em países ricos
do Oriente Médio.

O reuso da água de esgoto porem custa a metade do preço da dessalinização e é atestado pelos
cientistas , engenheiros químicos e autoridades da área de saúde. A principal questão é fazer as
pessoas aceitarem a ideia de consumir água potável advinda do esgoto.


É preciso esclarecer que a filtragem e a cloração da água foram inventadas para lidar com rios
que já estavam contaminados com esgoto, em compensação, agora apenas aumentamos a
quantidade de esgoto e estamos tratando com mais intensidade para obter água potável.

Pequenas cidades dos subúrbios, com menos casas, é possivel optar por captar e armazenar
água de chuvas com tecnologias de baixo custo. A conscientização dos consumidores no
sentido de evitar os desperdícios e o uso racional desse recurso vital também pode ajudar
a poupar água. A maioria das concessionárias no mundo, adotam um sistema em que a
quantidade de água necessária para uma vida confortável tem um preço mais baixo, quem
quiser consumir acima do volume básico, em geral 10 metros cúbicos, paga bem  mais caro.

Construtoras utilizam novas regras que também ajudam a economizar, antes um vaso sanitário
consumia 20 litros por descarga, os novos devem consumir apenas 5 litros de água.

Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, podem começar a solucionar seus problemas de abas-
tecimento e oferta de água à população, trocando as tubulações e reduzir os vazamentos na
rede de distribuição. Alternativas mais baratas do que a construção de um novo reservatório.

A população pode ajudar denunciando ligações clandestinas de uso da água, os vazamentos,
a lavagem de calçadas e carros com mangueiras e em casa não desperdiçar. Uma tarefa
coletiva para que não falte água.


                                                 

Comentários

  1. A água é um recurso vital para a nossa sobrevivência.
    Vamos fazer uso racional desse recurso, para não faltar água.

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