Em 2014, vinte e nove ambientalistas foram assassinados no Brasil, é o número mais alto
do mundo. A Colômbia vem em 2° lugar, teve 25 mortes. Somadas, nos dois países foram
mortos, a metade desse tipo de crime no mundo todo, no mesmo período, num total de 116,
segundo a ONG GLOBAL WITNESS.
A ONG registrou 89 assassinatos a ambientalistas em 2005, o motivo para as baixas, deve-
se a concentração de terras nas mãos de grandes proprietários, o que afeta diretamente seus
interesses e gera conflitos fundiários.
Para se ter uma ideia, 2,8% dos proprietários de terras , ¨os coronéis ¨ são donos de mais de
56% de terras aráveis (produtivas) , enquanto 50% dos agricultores são donos de 2,5% da
área total.
- A maior parte dos assassinatos acontece na região amazônica, no Pará e no Mato Grosso. "São estados grandes e com áreas remotas, em que o Estado não chega, e há um histórico de conflitos sociais decorrentes de desigualdades extremas, agravadas pelo poder da elite rural. A lei da bala prevalece", diz Chris Moye, líder da campanha pela defesa de ambientalistas da Global Witness.
- O Brasil é um dos países com maior número de homicídios do mundo e 80% das investigações desse tipo de crime são arquivadas. Esses números também se refletem nos assassinatos de líderes ambientalistas.
- Como os crimes ocorrem em áreas isoladas, de difícil acesso, a investigação dos casos fica comprometida. Aliada à corrupção, a impunidade dos criminosos faz com que crimes desse tipo acabem sendo mais frequentes.
- Apesar dos problemas, o Brasil é um dos países da América Latina em que a sociedade civil está melhor conectada. Por isso, é mais fácil obter informações e relatos sobre os casos. Nesse sentido, as estatísticas elevadas também são um reflexo do acesso a essa informação.
“São estados grandes e com áreas remotas, em que o Estado não chega, e há um histórico de conflitos sociais decorrentes de desigualdades extremas, agravadas pelo poder da elite rural. A lei da bala prevalece.”
“Essas pessoas se envolvem porque estão lutando por coisas que estão sendo tiradas de suas comunidades. E são especialmente vulneráveis porque normalmente não têm uma rede de apoio, e as coisas podem ficar feias antes que suas histórias entrem no radar de ONGs nacionais ou internacionais.”
Aqui no Brasil existem leis Ambientais modernas para uma
ResponderExcluirprecária fiscalização e investigação dos crimes ambientais.