PARASITAS TROPICAIS RESSURGEM APÓS OS DESASTRES AMBIENTAIS.

Não é mera coincidência que os impactos ambientais provocados pelas atividades humanas, sempre
estão relacionados com o aparecimento de doenças endêmicas.

O mais interessante é que as pessoas afetadas tentam se proteger como podem e as causas da
doença só pode ser atestada por meio de evidências, pelo pessoal de saúde e pesquisa, até que se
comprove por meio de um laudo técnico a causa definitiva da doença. Fato que leva tempo, para
que os empresários e governantes possam argumentar e tentar convencer à população de que não
existe relação alguma entre o desastre ambiental X incidência da doença.

Para tentar através de situações reais, comprovar a tese de que toda interferência que promova o
desequilíbrio ecológico trará consequências imprevisíveis à sociedade humana, vamos analisar
alguns casos elucidativos:

Caso 1- Na floresta Amazônica, animais como, o macaco, o bicho preguiça , o tatu, são reserva-
           tórios naturais do protozoário Tripanossomo que causa a doença de Chagas ao homem. O
           barbeiro ou percevejo é o agente transmissor ou vetor da doença, e se alimenta de sangue
           dos animais silvestres reservatórios ou do homem, contudo, quando o colonizador faz as
           queimadas para se fixar à terra e construir moradia , ele não percebe que o fogo afugenta
           ou mata os animais, com populações reduzidas, o barbeiro não tendo oferta de sangue
           farta, acaba entrando nas casas à noite para sugar o sangue do colono, no rosto, e após
           se fartar defeca provocando uma coceira que introduz o protozoário na corrente sanguínea
           para adoecer o homem a tal ponto de poder ter o seu coração afetado,podendo matar.
           O desmatamento foi o fato que desencadeou a disseminação da doença, alterando o equi-
           líbrio ecológico do ecossistema.



Caso 2- Em alguns países da África, como por exemplo, no Quênia, são comuns populações
           de hipopótamos se banhando nos rios. O deslocamento desses enormes animais na água
           provoca ondas e correntezas que segundo os pescadores, assusta e afasta os cardumes e
           reduz o montante de pescado capturado, motivo de insatisfação dos pescadores.
           A comunidade de pescadores decidiram, de comum acordo, exterminar uma boa parte do
           rebanho dos hipopótamos, atirando para matar. Quando já não havia quase nenhum animal
           ¨anfíbio¨ de grande porte e a calmaria das águas imperava, a fartura de peixe voltou, os
          pescadores pensaram que o seu plano macabro de extermínio de uma espécie sem que as
          autoridades soubessem, tinha sido a melhor solução.
          Com o tempo, começaram a notar que as mulheres que colocavam os pés na água do rio
          para lavar as roupas, e as crianças que se divertiam tomando banho no rio sem a preocu-
          pação e medo dos hipopótamos, todos foram ficando doentes por uma razão muito simples,
          com a água parada, os caramujos transmissores ou vetores da esquistossomose, passaram
          a se reproduzir rapidamente e desses moluscos saia uma larva cercária resultante de ovos
          do verme presente nas fezes de alguma pessoa que já estava com a verminose na aldeia.
          Lembrando que as larvas cercárias nadam e penetram pela pele da pessoa na água do rio.
          A consequência, é uma doença horrivel chamada de barriga d'água e a pessoa definha.

          Caso 3- Uma tempestade, com chuvas torrenciais derrubaram as barragens que acumula-
         vam rejeitos de mineração explorada pela empresa Samarco em Minas Gerais, que ao que
         tudo indica, não cumpriu à risca o plano de contenção adequado para suporte das barragens.
         Resultado: veio tudo por água abaixo, literalmente, a cidade de Mariana ficou debaixo
         d'água, moradores perderam tudo, casa, pertences de uma vida inteira, ficaram desalojados,
         perderam familiares e deixou os sobreviventes desolados.
         A lama veio parar no estado do Espírito Santo, suas praias barrentas, ficaram impróprias
         para o banho de mar e se viam em rios e praias- os peixes boiando mortos. Agora, há um
         ano e alguns meses após o acidente ambiental, todas as poças, junto com os escombros e
         os restos de entulhos que acumulam água das chuvas e demoram a secar, serviram de cria-
         douros naturais de mosquitos. Houve  tempo suficiente para o mosquito silvestre que
         transmite a febre amarela completasse o seu ciclo biológico, até que se contaminasse com
         o sangue de macacos, reservatórios naturais do vírus da febre amarela, ou com o sangue
         de um homem já contaminado.

Que sirvam de alerta, todos esses casos relatados, de que o homem branco ¨civilizado¨, não sabe
ainda, dialogar com a natureza, desconhece os seus próprios limites e se limita a um modelo
de desenvolvimento baseado no lucro a todo custo. O pior é que não escutam os cientistas quando
tentam previnir que haja um surto de doença ou desastre ambiental, preferem chamar os cientistas
para solucionar ou remediar problemas até que sejam possíveis ou viáveis.


                                                             
   







Comentários

  1. É fundamental conservar o equilíbrio ecológico para evitar
    as consequências imprevisíveis.

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