MATANÇA CRUEL DE GOLFINHOS NO JAPÃO PROVOCA REPULSA.

A forma com que os golfinhos são abatidos em Taiji , no Japão, ficou conhecida em um documentário que
mostrou a mortandade no último dia 09/03/2017 , onde 20 golfinhos foram mortos

A caça de golfinhos no Japão

Anualmente, o governo da província de Wakayama permite a caça de até 2.000 golfinhos em sua costa, em geral a partir do dia 1º de setembro ao dia 1º de março. A maior parte é morta para a obtenção de carne, mas outra é capturada e vendida para aquários ao redor do mundo.
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Golfinhos foram mortos no litoral da cidade de Taiji, e outros 117 foram vendidos para aquários em 2015, segundo artigo publicado em setembro de 2016 no site Huffington Post

A caça de golfinhos no Japão

Anualmente, o governo da província de Wakayama permite a caça de até 2.000 golfinhos em sua costa, em geral a partir do dia 1º de setembro ao dia 1º de março. A maior parte é morta para a obtenção de carne, mas outra é capturada e vendida para aquários ao redor do mundo.
“Para a parte ao sul da província, a caça de golfinhos é uma indústria importante e tradicional, baseada na gestão e utilização científica de recursos naturais. Taiji, localizada na parte leste da Península de Kii, é uma pequena cidade com uma população de 3.500. Localizada longe de grandes centros de atividade econômica, a cidade tem uma tradição de 400 anos de caça de cetáceos, e prosperou no decorrer dos anos devido à caça de baleias e golfinhos”
Governo da província de Wakayama

A técnica

Durante a caça, os pescadores descem bastões de ferro em direção ao fundo do mar. Em seguida, batem com martelos nesses bastões, que funcionam como sinos, criando vibrações sonoras ensurdecedoras que desorientam os golfinhos.
Isso os obriga a nadar para longe dos barcos em direção ao local de abate. Na tentativa de fuga, muitos encalham em rochas. Outros se afogam ou têm paradas cardíacas.
Os caçadores usam grandes hastes de metal pontiagudas para perfurar a espinha dorsal dos golfinhos. Eles não morrem de imediato, mas sangram até a morte ou se afogam com o sangue das feridas internas.
“Os golfinhos são aterrorizados por horas a fio”, afirmou em entrevista concedida em 2014 ao site da CNN Ric O’Barry, um ex-treinador de golfinhos para o programa de TV “Flipper” que hoje faz campanha contra a caça do animal através da ONG que fundou, o Dolphin Project. 
Em uma declaração disponível em seu site, o governo da província de Wakayama defende, no entanto, a prática como parte de uma tradição antiga.


Essa alegação é rebatida por entidades conservacionistas. “Eu posso dizer com certeza absoluta que pescadores antigos não teriam como usar barcos pesqueiros motorizados e tecnologia moderna para ajudá-los a capturar os golfinhos. Da forma como eles fazem agora, os golfinhos não têm a menor chance de lutar. Isso certamente não é uma cultura tradicional em ação”, afirmou em entrevista à CNN Lisa Agabian, diretora de relações com a mídia da ONG protecionista Sea Shepherd.

O que acendeu o debate sobre a questão

A questão das mortes em Taiji veio à tona através do documentário “A Enseada - Água Rasa” (“The Cove”, em inglês), dirigido por Louie Psihoyos. A obra venceu o Oscar de melhor documentário de 2009 e está disponível no Youtube. O filme acompanha a equipe de ambientalistas liderada por O’Barry em sua luta contra a caça de golfinhos e mostra como os animais são mortos ou capturados.
Após o lançamento do documentário, a Associação Internacional de Zoológicos mudou sua política oficial, e passou a se opor à captura de cetáceos. Para se manterem associados à entidade, aquários do mundo inteiro precisam deixar de comprar golfinhos em Taiji ou outros locais que realizam caças similares.
No artigo para o “Los Angeles Times”, Peter Singer e Jordan Sosnowski destacam, no entanto, que esse tipo de restrição não foi adotada por outras entidades, como a Associação Internacional de Treinadores de Animais Marinhos, que se opõe ao abate, mas não à captura de golfinhos.
Segundo os pesquisadores, as duas atividades estão associadas e “não é possível condenar uma sem condenar a outra”.
Em seu site, o governo da província de Wakayama dedica um espaço permanente para responder às críticas levantadas pelo documentário. 
                                                    
                                                     

Muitas pessoas ao redor do mundo comem carne e, para fazê-lo, é necessário tirar a vida de animais, sejam eles selvagens ou cuidadosamente domesticados e criados. A matança de animais por comida é normalmente conduzida longe das vistas, em abatedouros. Seria relativamente fácil fazer um retrato sensacionalista do abate de qualquer animal ao filmar dentro desses abatedouros, por exemplo. ‘A Enseada’ secretamente filmou as cenas da morte de golfinhos de uma forma desenhada para criar sensação de ultraje”
Governo da província de Wakayama,
                                                                             

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