A RESTAURAÇÃO DOS BIOMAS HOTSPOTS.

Biomas de alta biodiversidade e com necessidade urgente de reparo ou conservação, para que não
desapareçam, são denominados HOTSPOTS ou "pontos quentes".

São assim classificados pela Conservação Internacional, entidade que identifica os biomas com
pelo menos 1.500 espécies vegetais endêmicas, portanto, nativas no local e que tenham sido
devastados em aproximadamente 75% da sua área original.

Por recomendação da Conservação Internacional, esses biomas devem ter a preferência de
estudos e levantamentos para localizar as espécies endêmicas ou aquelas mais ameaçadas de
extinção, assim podem ser programadas as ações necessárias à sua recuperação e/ou proteção.

Tais regiões, com sério risco de desaparecer, já são 34, em todo mundo. Dois desses hotspots
estão no Brasil, o Cerrado e a Mata Atlântica.

O Cerrado brasileiro representa 95% desse tipo de bioma no mundo todo e, se a destruição
continuar no mesmo ritmo atual, principalmente, devido ao avanço da agricultura da soja e do
milho, ele poderá desaparecer em 30 anos.

A Mata Atlântica é outro bioma em perigo, pois da sua área original de 1,3 milhão de km²,
que ia do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul na época do descobrimento, restam
intáctos apenas 11%. Apesar disso, ela ainda conta com mais de 20 mil espécies vegetais,,
sendo 8 mil endêmicas e 2.300 espécies animais, das quais 725 endêmicas.

Essas regiões que somam alguns milhões de KM² e que merecem prioridade na sua recuperação,
são ricas quanto à biodiversidade, detendo, no seu conjunto, 50% das espécies vegetais do
planeta e pouco mais de 40% dos animais vertebrados.

                                                                 

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