GASES POLUENTES CONTAMINANTES DE CURTA DURAÇÃO.

O despejo de dióxido de carbono na atmosfera bateu um novo recorde, e os cientistas estão preocupados com a emissão de outros poluentes de curta duração que afetam à saúde humana.

Superando pela primeira vez a marca de 410 ppm. A medição foi realizada pelo Observatório de Mauna Loa, no Havaí (EUA) e mostra valores inquietantes para o aquecimento global. Mas além do CO2, há outros elementos no ar que também preocupam os especialistas climáticos.
São os chamados poluentes climáticos de curta duração, termo que se refere aos poluentes que causam problemas para a saúde em muitas cidades do mundo. Os Poluentes climáticos de curta duração (ou Short Lived Climate Pollutants – SLCPs) são substâncias e compostos que têm vida curta na atmosfera, mas apresentam grande influência para o aquecimento climático.
Representantes de mais de 50 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE se reuniram em Santiago do Chile, no mês passado, junto à Coalizão do Clima e Ar Limpo (CCAC), para debater e trocar experiências sobre estes poluentes.
Os representantes da CCAC defendem que o momento para atuar é agora, se esperamos reverter os danos que as emissões contaminantes causam para o meio ambiente e para a saúde da população. Os principais poluentes de curta duração são o carbono negro, o metano (CH4) e o ozônio troposférico (O3), que depois do CO2, representam as principais contribuições para o efeito estufa global.

O ministro de Meio Ambiente do Chile, Marcelo Mena, durante o encontro, defendeu a implementação de ações do governo local para reduzir as emissões de CO2, e as partículas de carbono negro que são emitidas na queima de combustíveis fósseis e biomassa.

                                                                        

A CCAC luta pela proteção do clima contra o aquecimento global, pressionando os países a diminuírem as emissões dos poluentes de curta duração. Há em todo o mundo 113 sócios, de 52 países, que participam das ações da Coalizão do Clima e Ar Limpo. A Coalizão reúne a 17 organizações intergovernamentais e 45 não-governamentais.
Segundo os especialistas da CCAC, as reduções dos poluentes climáticos de curta duração poderiam reduzir o aquecimento global em 0,4 graus Celsius. O efeito poderia melhorar a saúde da população e o desenvolvimento sustentável.

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