HOLOCAUSTO NUCLEAR: O RISCO IMINENTE.



  A Coreia do Norte anunciou no dia 6 de janeiro ter concluído com êxito o teste de uma bomba de hidrogênio miniaturizada -  também conhecida como bomba H ou bomba termonuclear - cujo poder destrutivo é ainda maior que o das armas atômicas. 

                                                               


Apenas dez dias depois, o Irã foi beneficiado pelo fim das sanções internacionais por ter aceitado mudanças em seu programa nuclear, afastando o risco de um conflito atômico no Oriente Médio. A regulação do desenvolvimento, da transferência e dos testes com armas atômicas avança e retrocede no mundo, alternando períodos de alívio e apreensão. Bombas atômicas não são o tipo de argumento que os países sacam numa negociação todos os dias. Mas elas sempre estão lá, engatilhadas sob a mesa. Desde que os EUA lançaram duas bombas nucleares sobre o Japão, na Segunda Guerra Mundial, o pesadelo nuclear tomou forma e passou a ocupar espaço como último recurso à força, como a “solução definitiva” para impasses intransponíveis na área da segurança internacional - ou da insegurança.
                                                                 


 No auge da Guerra Fria, Washington e Moscou empurraram o mundo para muito perto do abismo. As duas maiores potências nucleares, EUA e União Soviética, chegaram realmente perto de usarem seus arsenais, no que poderia levar à destruição completa de toda forma de vida na Terra. Um dos episódios mais tensos ocorreu em 1962, quando a URSS enviou uma bateria de mísseis para Cuba, deixando o mundo na iminência de um “holocausto nuclear”. 


Em 1947, o Boletim dos Cientistas Atômicos criou o “Relógio do Dia do Juízo Final”, no qual os ponteiros se movem de acordo com a iminência de um ataque nuclear, sendo a meia noite o momento da explosão. Na contagem atual, o ponteiro marca apenas 3 minutos para o juízo final. Desde sua criação, esse relógio mudou apenas 21 vezes de posição. O risco de hoje é semelhante ao de 1983, no auge da Guerra Fria. O risco mais baixo foi registrado em 1991, quando o ponteiro distou 17 minutos da meia noite. O relógio só se move depois de uma análise de conjuntura feita por um time que inclui 16 ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, além de cientistas nucleares e outros acadêmicos. 

Entenda o que pesa nessa questão.

Quem possui armas atômicas:

Não há informação precisa, pois regimes fechados, como a Coreia do Norte, sequer permitem inspeções. Além disso, países como Israel negam possuir programas atômicos, embora sejam apontados como detentores da tecnologia para produzir essas armas. Apesar da dificuldade de acesso à informação, alguns centros de estudo tentam monitorar a questão e oferecem cifras semelhantes, que dão uma ideia aproximada do universo de armas atômicas existentes.


 O Ploughshares Fund diz haver 15.695 armas nucleares nas mãos de nove países. A Rússia possui 7.500 delas e os EUA, 7.200. As 1.110 restantes estão divididas entre França, China, Reino Unido, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte, nessa ordem. Já o Boletim dos Cientistas Atômicos estima o arsenal hoje em 9.920 armas, sendo 4.760 dos EUA, 4.300 da Rússia e as 860 restantes divididas em outros sete países, na seguinte ordem: Reino Unido, França, China, Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte.
                                                           

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