A FLORESTA AMAZÔNICA CORRE PERIGO IMINENTE SE O GOVERNO APROVAR LEIS.

Está no Congresso para ser votada, a lei que transforma as Unidades de Conservação e Parques
Nacionais em simples áreas de manejo com a instalação de povoado ou famílias nas chamadas
APAS (áreas de proteção ambiental) que embora com denominação bonita, a verdade mesmo
é que irá reduzir o nível de proteção por permitir a interferência humana em áreas antes bem
fiscalizadas pelo IBAMA que poderá afrouxar, baseados na lei, os impactos ambientais causados
pela ação humana permitidos nessa nova classificação de A.P.A.

Enormes extensões de floresta Amazônica, principalmente no Estado do Pará seriam afetadas
e segundo os Ambientalistas, até desflorestadas com permissão, a princípio de implantação
de agricultura familiar, orgânica ou de subsistência. Atividades fim que não modifiquem o
bioma florestal.

Mas todos sabem como é o ser humano, e quando menos se espera o tamanho da ocupação vai
ganhando contornos macro e a área devastada em geral não é recuperada. Toda essa realidade
pode ser comprovada pelas clareiras que em fotos de satélite se assemelham a grandes feridas
na mata, dada a rapidez que se derrubam as árvores indiscriminadamente na floresta.

Me parece que àqueles que votam leis ambientais, não são orientados pelas comissões de
parlamentares, a respeito do patrimônio genético das espécies, um verdadeiro banco de DNA
a ser conhecido e que poderá produzir insumos, medicamentos e substâncias capazes de
melhorar a vida da nossa espécie, haja visto, a quantidade de recursos biológicos e espécies
da fauna e flora já patenteados até fora do Brasil.

Os biopiratas e os traficantes de animais silvestres deverão ficar satisfeitos com a inserção das
APAs no novo contexto do regime que rege a floresta, ficando mais fácil transitar pelas reservas
sem dar muita satisfação ou sem impedimentos.

O Brasil é o país que deseja se desenvolver a qualquer custo, pode poluir mais, pode vir turista
e debochar da imundice das cidades, pode deixar todo imigrante chegar em comboios que as
prefeituras das cidades fronteiriças dão um jeito, pode vir cientista de qualquer origem para
cá que conseguem permissão até mais fácil que cientista brasileiro. Lá de fora, até parece
que o nosso país não tem regras, as leis são flexíveis e os nativos são os índios que lutam
pelas suas terras com paus e machados e são cruelmente escurraçados pelo homem colono
marginal.

Brasileiro, em geral, que mora no Rio ou em Sampa, caga e anda para esse papo de meio
ambiente, é como se a floresta Amazônica não tivesse interferência alguma em sua vida,
por mais que se diga ninguém liga. Claro, nosso país atualmente é o país da crise econômica,
do desemprego, da violência urbana, da pobreza quase absoluta, da corrupção. Tudo isso,
menos a imensa biodiversidade, essa pauta é tão esquecida, que tem momentos que eu
tenho vontade de apertar um botão: o botão do foda-se. Será que já inventaram.


                                                               

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