BRASIL DEVERÁ REDUZIR ÁREAS PROTEGIDAS EM 2017.

Quase 80 mil km² em parques nacionais, reservas biológicas e florestais nos estados de Santa Catarina,
Pará e Amazônas, serão perdidos no Brasil, reduzindo significativamente as nossas áreas protegidas.

A disputa por essas áreas, tem nos produtores rurais os maiores interessados em adquirir essas terras,
concorrendo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação ( SNUC ) , entidade que sempre
angariou áreas de proteção para o Brasil.

A situação é problemática, compromete a meta brasileira para a emissão de gases estufa, que afeta
e desmonta o programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e  os  acordos feitos na
Convenção da Diversidade Biológica (CRD).

O PL. 3751- tramitando no Congresso Nacional- torna inválidas todas as unidades de conservação
(UCs)  cujos proprietários privados não foram indenizados no período de 5 anos. Segundo o
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), isso significa que 56 mil km²
de área privada deixariam de ser UCs (podendo chegar a 100 mil), o que equivale a quase 10%
do total desses espaços.

Para Michel de Souza, coordenador de Políticas Públicas da WWF, a situação é contraditória:
"o país assinou vários acordos para proteger a fauna e a flora e agora o governo permite reduzir
quase 1 milhão de hectares de área protegida de uma vez.

A Câmara dos Deputados já aprovou uma mudança na proteção da Floresta Nacional do
Jamanxim, no Pará. A alteração reduz a UC de quase 500 mil hectares a área de proteção
ambiental (APA), isso significa que agora o espaço poderá ser explorado para a retirada da
madeira, minerais e agropecuária, além de poder ser comprado por particulares.


                                                         


                                                           

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