NA FLORESTA AMAZÔNICA, POVOADOS ESTABELECEM SUA ECONÔMIA À BASE DE TROCA.

Na reserva extrativista de Alto Juruá (Acrê) região pertencente ao Bioma da floresta Amazônica,
na quase fronteira com o Peru , morou durante 6 meses, o antropólogo Roberto Rezende.

                                                                 

Na reserva, as comunidades cooperam entre si, os familiares e conhecidos estabelecem regras de trocas e serviços de ajuda, principalmente no período da colheita das áreas plantadas. Assim, uma
pessoa solicita um serviço de outro, este reconhece a sua tarefa ou ocupação como um credito a ser
cobrado posteriormente de quem está sendo beneficiado pelo trabalho.

A maior parte das pessoas que moram no Alto Juruá, são descendentes de imigrantes nordestinos
que se casaram com mulheres indígenas e ao longo do tempo desenvolveram um modo de vida
próprio, baseada na extração do látex para produzir borracha, com o declínio dessa atividade,
passaram a viver em comunidades próximas de rios. A outra forma de subsistência encontrada
passou a ser a agricultura familiar, complementada com atividades de caça e pesca.

Alguns, até conseguiam vender sua pequena produção para comerciantes à 150 km de distância
lá na capital Rio Branco-AC. Os que viviam exclusivamente da caça, abatiam aves, pacas, porco
do mato, veados, macacos e jabutis.

                                                                             

Estudos em comunidades amazônicas indicam que as relações de troca/ajuda, em geral são isentas
de conflitos e desinteressadas, mas quando as relações são estabelecidas com políticos, a coisa
já mudava de figura, se o político prometeu e cumpriu, ele vai mandar cobrar de alguma maneira
pelo seu assistencialismo e paternalismo.
   
                                                                 

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