O INVERNO FRIO LEVA A MORTE MORADORES DE RUA.

A Polícia Militar recolheu na tarde de terça-feira (18) o corpo de uma pessoa em situação de rua na zona oeste de São Paulo, no cruzamento entre a rua Teodoro Sampaio com a avenida Doutor Arnaldo. Ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, que ainda não emitiu um laudo sobre a causa da morte.
                                                                       


Segundo a Polícia Militar, não havia sinais de violência, o que indica que ela pode estar ligada ao frio. De acordo com dados da prefeitura, a temperatura caiu mais de 17º C em menos de 24 horas, e atingiu 9,3º C na tarde de terça-feira. A força do vento fez com que a sensação térmica chegasse a 4,3° C. A previsão é que o frio continue durante o resto da semana.


Esse é o segundo caso de morte de um morador de rua com indícios de ligação ao frio extremo em 2017. O outro ocorreu no dia 10 de julho no bairro de Belém, na zona leste da cidade.

 No ano anterior, pelo menos seis moradores de rua morreram entre os meses de junho e julho em casos com indícios de ligação com o frio. Segundo dados coletados pelo serviço de meteorologia Climatempo, esses são, historicamente, os dois meses mais frios do ano na cidade de São Paulo, que começa a ficar mais quente a partir de agosto.

.Segundo informações da rádio CBN, uma empresa terceirizada que presta serviço à prefeitura usou jatos d’água na limpeza da praça da Sé, no centro da cidade na manhã da quarta-feira (19). Parte da água molhou pertences, como roupas e cobertores, de moradores de rua, o que diminui a sua capacidade de se proteger do frio -por ser mais densa, a água conduz o calor 25 vezes mais rápido do que o ar, o que significa que pessoas molhadas ficam geladas mais rapidamente.

 O prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, afirmou à rádio que as equipes são orientadas a abordar os moradores de rua antes de iniciar a limpeza dos espaços, e que vai apurar o que ocorreu.
Nem sempre as mortes por frio ocorrem em situações particularmente extremas. 

Pessoas em situação de rua que já apresentam problemas de saúde podem ter complicações e morrer por questões relacionadas ao coração ou ao sistema respiratório, por exemplo.
                                                                     


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