O Brasil está empenhado em atingir as metas assumidas no acordo de Paris e pretende criar condições
para a expansão sustentável de biocombustíveis.
para a expansão sustentável de biocombustíveis.
Elaborada pelo governo com participação social, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) foi apresentada ontem (8), em Brasília. Encaminhado à Casa Civil, o documento prevê a expansão sustentável da produção e participação do setor.
Construída em articulação com o setor privado e a sociedade civil, a RenovaBio é a primeira iniciativa alinhada às metas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris. “É uma primeira resposta em que vamos mobilizar recursos e cumprir com nossas metas”, declara o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. A medida, segundo ele, contribuirá para a redução do consumo de combustíveis fósseis na geração de energia e nos transportes.
O objetivo é estimular uma economia e, ao mesmo tempo, garantir a conservação ambiental e o desenvolvimento social no país. “Temos que encarar o desafio climático como uma oportunidade para a retomada do crescimento”, afirma Sarney Filho. O ministro encoraja o envolvimento de todos os setores. “Nenhum assunto da atualidade requer maior coerência entre políticas econômicas, sociais e ambientais do que esse”.
Prioridade
A RenovaBio propõe ações voltadas para estabilidade, previsibilidade e criação de empregos. “É uma Política que dá tranquilidade suficiente aos investidores para enxergar que essa é uma prioridade do país”, explica o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O ministro acrescenta que a medida promove a geração de empregos e renda de forma sustentável.
Biocombustíveis, a aposta da COP 23
A expectativa é apresentar a RenovaBio, também, na 23ª Conferência das Partes (COP 23), que ocorrerá em novembro, na Alemanha. A medida deverá ser tema de evento oficial do governo brasileiro na COP 23. O encontro também abordará a Plataforma BioFuturo, lançada pelo Brasil em 2016, na COP 22, para promover a pauta de biocombustíveis.
Brasil no Acordo de Paris
Concluído em 2015, o Acordo de Paris é um esforço mundial para conter o aumento da temperatura média do planeta. Para isso, cada país apresentou uma meta de corte de emissões para fazer sua parte frente à mudança do clima. Nesse cenário, o compromisso brasileiro está entre os mais ambiciosos e prevê a redução de 37% das emissões até 2025, com indicativo de cortar 43% até 2030 – ambos em comparação aos índices registrados em 2005.
Para isso, o Brasil propõe, entre outras coisas, aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para aproximadamente 18% até 2030, expandindo o consumo de biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol e a parcela de biodiesel no diesel.
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