O Lago Paranoá foi concebido artificialmente pelo represamento das águas do Rio Paranoá, tem como objetivo o aumento da umidade da região, mas transformou-se em um ponto de lazer, devido a suas praias artificiais. Mas os brasilienses não andam retribuindo a construção com o mesmo respeito. Na Semana do Lago Limpo, que terminou sábado (16), cerca de duas toneladas de lixo foram retiradas do Lago Paranoá.
O evento, que está em sua sétima edição tem como objetivo promover a limpeza e a proteção do lago. Mergulhadores voluntários, durante uma semana, descem às profundezas para recolher aquilo que os visitantes despejam. Dentre tanto lixo, latinhas de alumínio, garrafas e copos plásticos são os mais encontrados. “São coisas que as pessoas usam na hora da diversão, mas essa diversão vira um problema para um ambiente.
É importante mostrar que o que elas jogam dentro da água, a partir das lanchas e até dos restaurantes, fica ali guardado, no fundo do lago, por muito tempo, poluindo tudo”, alerta Guilherme Aguiar, um dos mergulhadores voluntários.
Na primeira edição do evento, cerca de 8 toneladas de lixo foram recolhidas, no ano passado foram duas. Paulo Salles, presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), atribui a redução aos programas brasilienses de conscientização ambiental. “As pessoas estão ficando cada vez mais conscientes de que não devem jogar dejetos no lago”, comenta Salles.
Ele ressalta ainda a diferença entre o Lago Paranoá de hoje com o do passado. Ao final da década de 1970 ele estava extremamente poluído, sem vida e recebia diariamente lixo e esgoto. Incomodados com o mau odor, população e autoridades se uniram pela limpeza do Lago Paranoá. Hoje ele é refugio e refresco para os meses mais secos da capital federal.
De olho no Lago Paranoá
Mesmo com todo este cuidado, algumas áreas do Lago Paranoá ainda são consideradas impróprias. A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal executa a observação e avaliação do lago, para garantir uma melhoria contínua. Já a Adasa, além de fiscalizar a qualidade das águas, busca possíveis infrações.
Durante toda a Semana do Lago Limpo, técnicos e agentes da Polícia Militar e da Marinha também fiscalizaram a região. Eles buscaram captações irregulares e lançamento de esgoto no Lago Paranoá.
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