A PROMOÇÃO DA AGRICULTURA E DA SAÚDE EM UM LUGAR DESRATIZADO.

A província de Alberta (Canadá), possui o status de ser o único lugar do mundo sem ratos convivendo
com uma população de 3,6 milhões de moradores, em uma área de 660 mil km².

Foi necessário entrar em guerra contra os roedores e ter persistência para acabar com os invasores. mas
a população também contou com a ajuda providencial da natureza por causa da geografia e do clima
de Alberta.

O combate árduo contra os ratos começou em 1950 e só terminou em 2002, mesmo assim, para impedir
invasões dos ratos pelas fronteiras foi preciso incinerar, envenenar e demolir focos, com a ajuda da
população que seguiu à risca todas as regras para banir a peste do território no Canadá.
                                                                   

O acesso à Alberta pelo Norte é inviável, uma vez que a divisa é permanentemente coberta de gelo,
a oeste, as montanhas rochosas são de difícil acesso e funcionam como um escudo protetor que no
inverno registra temperaturas de - 40ºC e o rato não sobrevive nessas condições fria. A única forma
dos ratos invadirem a província é pelo leste, uma vez que ao sul, na divisa com Montana (EUA),
existe uma extensa pradaria com muitos predadores de ratos capazes de fazer trabalho de intimidação
e eliminação dos ratos que se aventuram na travessia tão longa, poupando os Canadenses dessa
tarefa.

Para erradicar os bichanos roedores ariscos, em 2002, toda população travou uma verdadeira guerra
em Alberta, ela foi violenta e super agressiva, contou com campanhas educativas mostrando à
população que não existia um predador natural dentro da província e orientou aos moradores para
não esquecerem restos de comida à vista e até ensinavam aos responsáveis como usar venenos à
base de arsênico e fosfito de zinco.

A posse de ratos é ilegal em Alberta, se é que alguém queira ter um agente transmissor de alta
periculosidade, é punida com o equivalente a R$ 12.000,00 ou 60 dias de reclusão. Apenas os
Zoológicos, Universidades e Centros de pesquisas podem manter a espécie Rathus norvegicus
em cativeiro com o máximo de segurança.

O povoado ficou livre dos ratos em 2002, nenhum caso foi notificado da presença dos ratos e
começava a fase de manutenção do status de cidade livre de doenças trazidas por eles e que
não existam em Alberta.

A preocupação das autoridades locais era pertinente, pois mais de 55 doenças são causadas
pela interferência dos ratos, ou melhor, elas ocorrem por causa das pulgas, as fezes e a urina
dos roedores que podem acumular inúmeros microrganismos parasitas.
                                                                       

Sem falar que os ratos podem comer e contaminar nossa comida.
Atualmente, a fiscalização e o controle de vetores admitem que a vigilância nunca acaba e
citam que em 2014, centenas de ratos invadiram a província e deixaram a equipe de caça em
alerta máximo, conseguindo exterminá-los depois de muito esforço.

O status de área "livre de ratos"oscila, a região se declara assim por meses seguidos, até
aparecer um novo foco. Contudo, os benefícios compensam o trabalho, os gasto do governo
para manter os ratos longe, evita os prejuízos na agricultura e a saúde pública, por isso, ser
implacável com os ratos representa uma economia anual local de R$ 2,8 milhões e
tecnicamente não existe ratos em Alberta.





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