DAS TORNEIRAS DE TODO MUNDO SAI ÁGUA CONTENDO PLÁSTICOS.

O plástico é um conhecido agente poluente do meio ambiente, principalmente acumulando-se nos
rios e mares e responsável pela morte de milhares de tartarugas, todo esse problema acompanhado
de uma inquestionável poluição visual.

A triste novidade sobre o uso excessivo dessa matéria-prima é a contaminação da água potável com
microplástico em escala global.
                                                                   
Uma pesquisa mostrou que de 159 amostras de água potável, de oito países, 83% estavam contaminadas com fibras microscópicas de plástico. No Brasil, as amostras foram colhidas em São Paulo. Entre os locais avaliados, São Paulo ficou atrás apenas de Nova York (Estados Unidos) e Beirute (Líbano) entre as cidades com maior índice de plástico na água potável que sai da torneira.
As amostras mais contaminadas, nos Estados Unidos e Líbano, apresentaram 16 fibras de plástico em uma recipiente de 500 mililitros. Em São Paulo, a pior amostra, extraída da torneira de cozinha da região oeste da cidade, apresentou 5 microfibras de plástico.
Mesmo a maioria dos brasileiros não consumindo diretamente água da torneira, especialistas alertam para seu uso no preparo de alimentos. Desta forma, as fibras são ingeridas de qualquer maneira e outras substâncias nela aderidas são potencializadas pelo calor do cozimento.

Impactos à saúde

Os pesquisadores não sabem ainda quais as consequências da ingestão, mas não descartam o problema. “Temos dados suficientes, vindos da análise da vida selvagem e dos impactos que ele está tendo sobre os animais selvagens. Se isso está afetando [a vida selvagem], como podemos achar que não vai nos afetar de alguma forma?”, comenta Sherri Ann Manson, da Universidade do Estado de Nova York, em publicação da Folha.
A principal preocupação é quanto as substâncias que estes plásticos carregavam, como tintas e agrotóxicos, que são extremamente prejudiciais à saúde.

Controle do plástico

O problema sobre tudo isso é que a questão é completamente desconhecida para todos. O Ministério da Saúde, por exemplo, não possui portaria regulamentadora sobre a presença de plástico em águas oriundas de empresas abastecedoras.
As cidades engatinham sobre formas de controlar este problema. Em São Paulo, apenas 4% da produção diária de água potável passa por sistemas de filtragem capazes de reter as partículas.
Ainda sem maiores detalhes sobre os problemas, pesquisadores alertam que a precaução é o melhor remédio. Eles indicam maior uso de bioplásticos e consciência nas atividades corriqueiras.
Lã sintética, tintas enlatadas e pneus de carros estão entre os principais ‘geradores’ de micro partículas de plástico.
 Saiba mais sobre PLÁSTICOS.                     
                                                            

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