Mega-hidrelétrica que está sendo construída na China é sinônimo de comunidades pobres desalojadas de suas terras, destruição de sítios históricos e religiosos e prejuízos ao meio ambiente.
O intenso esforço chinês de gerar energia – no caso, hidrelétrica – continua deixando marcas profundas no país. Nesta foto, feita no fim de maio, uma mulher aparece próxima aos escombros de casas demolidas e sua cabana provisória perto de uma represa na região de Lianghekou (província de Sichuan, no sudoeste do país). A precariedade de sua situação é consequência da construção de mais uma megausina, cujas paredes de concreto de 295 metros de altura sepultam matas próximas.
Erguida na confluência dos rios Yalong, Xianshui e Qingda, a hidrelétrica de Lianghekou deverá produzir 3 mil megawatts quando ficar pronta, em 2023, e ilustra bem os traumas que tais construções impõem à população local e ao meio ambiente. O conjunto formado pela represa e pela usina afeta comunidades até 100 quilômetros rio acima, e edifícios ancestrais, monastérios budistas, terras férteis e montanhas consideradas sagradas pelos chineses ficarão submersos quando a obra estiver concluída.
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