QUEIMADAS INTENCIONAIS NA ESPANHA E PORTUGAL CULMINAM EM INCÊNDIOS SEM CONTROLE.

Há uma semana que a região da Galícia, na Espanha, está em estado de alerta devido aos incêndios que chegaram a atingir 150 focos. Até hoje, estimam-se quatro vítimas mortais. E também há estradas bloqueadas e milhares de hectares de vegetação queimados.

Condições climáticas favoráveis produziram uma rápida expansão dos incêndios florestais que já causaram vítimas mortais, reservas queimadas e estradas bloqueadas

A principal zona afetada foi a província de Pontevedra, que ainda tem 22 fogos ativos, porém controlados, e oito que se encontram estabilizados. Os pontos de incêndio já não se encontram próximos de cidades, e a situação está melhor em relação ao fim de semana passado.
As queimadas também chegaram ao Principado de Astúrias, próxima à Galícia, em que registraram 21 incêndios florestais. O fogo ameaçou parques naturais como a Reserva da Biosfera de Muniellos.
                                                                   
Espanha e Portugal em chamas, quem se responsabiliza?
A responsável de campanhas da Greenpeace Espanha, Monica Parrilla, publicou uma nota cobrando mais responsabilidade dos governos na gestão dos incêndios florestais. Ela ressalta que tanto em Portugal como na Espanha, nos recentes casos detectados, os dispositivos para controlar os fogos foram aplicados de modo emergencial.
Porém, considerando o problema ambiental da queimada, deveríamos analisar medidas de prevenção eficazes. Temperaturas altas, poucas chuvas, ventos fortes, e pouca água. Estes são elementos decisivos para a produção de um incêndio.
A Polícia Nacional espanhola acredita que a maioria dos fogos na região de Vigo foram provocados por autores organizados. Estima-se que entre as causas 54,73% dos fogos foram intencionados. Além destes, 23,31% são consequência de negligências e acidentes. 15,38% derivam de causas desconhecidas. E 4,39% são produzidos por raios.
Considerando estes dados, Monica Parrilla destaca que o 96% dos incêndios são produzidos por atos humanos. Tendo em conta os dados, a Greenpeace destaca que a administração pública deve considerar o incêndio como um problema social e ambiental, com características graves em zonas vulneráveis aos efeitos da mudança climática.
Recomendam que se realizem campanhas de sensibilização à população, para que se penalize as pessoas responsáveis por queimar os bosques.
O presidente espanhol, Mariano Rajoy, pediu à polícia que se “faça o maior esforço possível para deter os incendiários” que provocaram esta onda de queimadas na Galícia. Também o responsável pelo governo galego, Alberto Núñez Feijóo, declarou: “Toda a Galícia chora esta manhã ao ver nossos montes calcinados, mas sobretudo pelas perdas das vidas humanas”, disse para a agência de notícias EFE.

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