Operadores de turismo na Amazônia criam oportunidades para que turistas façam selfies com espécies como bichos-preguiça, tucanos e anacondas.
O momento é eternizado e divulgado em redes sociais como o Instagram, mas muitos dos animais sobrevivem poucos meses ao cativeiro turístico. Essa é uma das conclusões de um relatório divulgado pela ONG conservacionista World Animal Protection.
A entidade realizou pesquisas nas redes sociais e enviou representantes a campo para coletar exemplos de abusos em Manaus, no Brasil, e Puerto Alegria, no Peru. O trabalho faz parte de uma campanha intitulada “Vida Selvagem, não Entretenimento”.
No Brasil, a pesquisa analisou os passeios de 18 agências de turismo em Manaus. Em 94% dos casos, as empresas anunciavam que animais poderiam ser segurados e tocados para poses em fotos, como se fossem "acessórios". Esse tipo de atividade é ilegal no Brasil. O relatório cita a Operação Teia, realizada em novembro de 2016 pelo Ibama após denúncias contra operadoras de turismo e provas obtidas por redes sociais. Seis companhias foram multadas em cerca de R$ 1,34 milhão.
O que a ONG descobriu : A entidade afirma que detectou um aumento de 292% no número de imagens de animais selvagens postadas no Instagram entre 2014 e 2017.
Mais de 40% delas foram consideradas “ruins”, porque tinham alguém abraçando, segurando ou realizando alguma outra forma de interação negativa com os animais. Frequentemente são espécies ameaçadas de extinção. Pesquisando 249 ofertas turísticas on-line, eles descobriram que 54% delas prometiam algum tipo de contato com animais selvagens. Outras 35% ofereciam comida para atrair os animais e 11%, a oportunidade de nadar ao lado deles.
Botos e bichos-preguiça estão entre as principais atrações. De acordo com o trabalho, 70% das fotos de preguiças no Instagram são de pessoas “segurando, abraçando ou utilizando-as como acessórios para fotos”. Segundo a instituição, há “bons motivos para acreditar” que a maioria dos animais dessa espécie mantidos presos para os turistas não sobrevive por mais de seis meses.
“Na natureza selvagem, bichos-preguiça tipicamente vivem vidas quietas e sonolentas. Viver constantemente cercados por barulho e pessoas que não podem evitar causa a eles estresse inimaginável”, afirma a entidade em seu site.
A pesquisa de campo encontrou diversos animais amarrados a árvores, anacondas feridas e desidratadas, pássaros, como tucanos, com abcessos nos pés, uma onça em uma jaula pequena e uma preguiça gigante manuseada e espancada pelo seu dono.
A entidade afirma que o Instagram em especial precisa se responsabilizar pelas fotos que são tiradas em contextos de crueldade contra os animais e em seguida compartilhadas. A empresa foi comprada em 2012 pelo Facebook. A ONG também criou um código de conduta que turistas podem seguir caso não queiram maltratar animais selvagens durante seus passeios:
COMO NÃO FERIR ANIMAIS SELVAGENS :
Não tire fotos com animais sendo segurados, abraçados ou contidos -com cordas, por exemplo.
Não atraia animais com alimentos.
Tire fotos a distâncias seguras, quando os animais estiverem livres em seu habitat.
O momento é eternizado e divulgado em redes sociais como o Instagram, mas muitos dos animais sobrevivem poucos meses ao cativeiro turístico. Essa é uma das conclusões de um relatório divulgado pela ONG conservacionista World Animal Protection.
A entidade realizou pesquisas nas redes sociais e enviou representantes a campo para coletar exemplos de abusos em Manaus, no Brasil, e Puerto Alegria, no Peru. O trabalho faz parte de uma campanha intitulada “Vida Selvagem, não Entretenimento”.
No Brasil, a pesquisa analisou os passeios de 18 agências de turismo em Manaus. Em 94% dos casos, as empresas anunciavam que animais poderiam ser segurados e tocados para poses em fotos, como se fossem "acessórios". Esse tipo de atividade é ilegal no Brasil. O relatório cita a Operação Teia, realizada em novembro de 2016 pelo Ibama após denúncias contra operadoras de turismo e provas obtidas por redes sociais. Seis companhias foram multadas em cerca de R$ 1,34 milhão.
O que a ONG descobriu : A entidade afirma que detectou um aumento de 292% no número de imagens de animais selvagens postadas no Instagram entre 2014 e 2017.
Mais de 40% delas foram consideradas “ruins”, porque tinham alguém abraçando, segurando ou realizando alguma outra forma de interação negativa com os animais. Frequentemente são espécies ameaçadas de extinção. Pesquisando 249 ofertas turísticas on-line, eles descobriram que 54% delas prometiam algum tipo de contato com animais selvagens. Outras 35% ofereciam comida para atrair os animais e 11%, a oportunidade de nadar ao lado deles.
Botos e bichos-preguiça estão entre as principais atrações. De acordo com o trabalho, 70% das fotos de preguiças no Instagram são de pessoas “segurando, abraçando ou utilizando-as como acessórios para fotos”. Segundo a instituição, há “bons motivos para acreditar” que a maioria dos animais dessa espécie mantidos presos para os turistas não sobrevive por mais de seis meses.
“Na natureza selvagem, bichos-preguiça tipicamente vivem vidas quietas e sonolentas. Viver constantemente cercados por barulho e pessoas que não podem evitar causa a eles estresse inimaginável”, afirma a entidade em seu site.
A pesquisa de campo encontrou diversos animais amarrados a árvores, anacondas feridas e desidratadas, pássaros, como tucanos, com abcessos nos pés, uma onça em uma jaula pequena e uma preguiça gigante manuseada e espancada pelo seu dono.
A entidade afirma que o Instagram em especial precisa se responsabilizar pelas fotos que são tiradas em contextos de crueldade contra os animais e em seguida compartilhadas. A empresa foi comprada em 2012 pelo Facebook. A ONG também criou um código de conduta que turistas podem seguir caso não queiram maltratar animais selvagens durante seus passeios:
COMO NÃO FERIR ANIMAIS SELVAGENS :
Não tire fotos com animais sendo segurados, abraçados ou contidos -com cordas, por exemplo.
Não atraia animais com alimentos.
Tire fotos a distâncias seguras, quando os animais estiverem livres em seu habitat.
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