TERRAS INDÍGENAS PODEM SER AFETADAS PELA EXPLORAÇÃO DO RIO TAPAJÓS (AM).

Nas corredeiras de São Luis, o rio caudaloso impulsiona a lancha, chega a dar medo, mas no final o
alívio de quem atravessou um limite natural no canto da Amazônia por quase 500 anos.

Os habitantes indígenas chamam essa terra de MUNDURUKU  situada no meio e no alto do rio
Tapajós desde o descobrimento. As margens são cobertas por densa arborização, colinas enevoadas
e suas águas cortadas pela passagem de um golfinho - uma das raras regiões do planeta que pode
ser liberada para exploração e degradação pelo comércio industrial.
                                                                 

O rio Tapajós será palco de um conflito que deseja retirar direitos indígenas e perturbar a proteção
ambiental. De uma hora para outra, a área de 950.000 hectares, do tamanho da França, é cobiçada
por várias nações da Europa e os fazendeiros da China que possui uma superpopulação para alimentar.
O governo brasileiro espera receber apoio financeiro e suporte de engenharia em troca da permissão
para transformar o rio Tapajós no maior canal de escoamento de grâos do mundo.
                                                 


Serão construídas 49 grandes barragens no rio Tapajós e seus afluentes, tornando navegáveis as
barcaças que transportariam a soja vinda do Cerrado. A rede de barragens produzirá 29 gW de
energia elétrica, elevando a capacidade de Furnas-setor elétrico, em 25%.

As mineradoras só esperam desenterrar a riqueza mineral sob a floresta.

Os Ambientalistas afirmam que o sistema fluvial já existe, mas teria que ser ampliado para a
implantação dos projetos, ameaçando os indígenas, as comunidades ribeirinhas e pequenos
comerciantes, além das águas e nascentes e a vida silvestre. Vale ressaltar que os projetos
acumulariam toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

A hidrovia é uma fatia do conjunto de projetos planejados, como: barragens, portos, estradas,
ferrovias. As empresas interessadas de energia, agronegócios e mineradoras aguardam o
sinal verde para iniciar o desmatamento acelerado, perda de habitat e problemas sociais.

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