Após dois meses em testes, os primeiros aerogeradores do Estado de São Paulo entraram oficialmente em operação no mês de setembro, na área da usina Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, localizada no município de Rosana, na região de Presidente Prudente. Nesse período as torres eólicas geraram cerca de 3 megawatts médios.
Com investimento de R$ 8,3 milhões, as unidades têm capacidade de gerar por ano até 620 megawatts-hora (MWh), energia suficiente para abastecer cerca de 500 residências com consumo médio de 100 quilowatt-hora (kWh).
“O início da produção de energia elétrica por meio dos ventos é um marco para São Paulo, que comprova seu potencial e viabilidade econômica para adotar o uso da geração de energia eólica em sua matriz energética.
Esse projeto desenvolvido a pedido do governador Geraldo Alckmin pode ser replicado no formato de consórcio por empresas e condomínios residenciais”, afirma o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
As torres eólicas possuem 30 metros de altura e pás de 10 metros de comprimento. A energia elétrica produzida pelos aerogeradores será utilizada no consumo interno da usina Porto Primavera.
Com o apoio da Secretaria Estadual de Energia e Mineração, a Cesp – Companhia Energética de São Paulo está desenvolvendo na usina localizada em Rosana um amplo projeto de pesquisa, que visa estudar a complementaridade energética das fontes solar, eólica e hidráulica.
O projeto possui 54 meses de duração e sua conclusão está prevista para agosto de 2018 com um custo total de R$ 31 milhões, contabilizando o projeto de pesquisa, compra dos equipamentos, instalação e manutenção. Além das usinas solares e eólicas estão em funcionamento uma estação solarimétrica e uma estação anemométrica que completam o projeto de P&D.
“São Paulo conta com áreas de boa intensidade de ventos, onde a fonte eólica pode ser uma opção de geração de energia elétrica. Os municípios com maior potencial são Jaú, Barra Bonita e Dois Córregos, na região de Bauru; Capão Bonito e Fartura, na região de Itapeva; Votorantim, Piedade e Itu, na região administrativa de Sorocaba; Campos do Jordão, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba e; Valinhos, Cabreúva e Joanópolis, na administrativa de Campinas”, destaca o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior.
A Cesp conta com a parceria no projeto eólico da USP/Fusp, Fepisa, MRTS Consultoria e MFAP Consultoria Elétrica e Comércio Ltda., além dos fornecedores e montadores RTB Energias Renováveis, BASE Energia Sustentável e PVSOLAR Energia e Meio Ambiente.
Atlas Eólico do Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo tem um potencial de aproximadamente 13 mil GWh, tendo um fator de capacidade médio de 31,3%.
Os valores foram calculados a uma altura de 100 metros, considerando restrições pertinentes e velocidades de vento acima de 6,5 metros por segundo, ocupando uma área de 1.134 km². Se forem consideradas todas as áreas com velocidades acima de 6 metros por segundo, esse potencial de geração subiria para cerca de 72 mil GWh, com fator de capacidade médio de 26,6%.
Comentários
Postar um comentário
Nossa intenção é proporcionar aos leitores, uma experiência atualizada sobre os fatos globais que possam ser discutidos
e possam provocar reflexões sobre o modelo de sustentabilidade
que desejamos adotar para garantir agora e no futuro a qualidade
de vida para todas as espécies da Terra.