HERBICIDA CANCERÍGENO PODERÁ SER PROIBIDO NA EUROPA E EUA.

O Parlamento Europeu aprovou com 355 votos a favor, 204 em contra e 111 abstenções, a decisão de pôr fim ao uso do glifosato para o ano 2022. A decisão do Parlamento teve efeitos sobre o encontro da Comissão Europeia realizado no dia seguinte, dividindo os países sobre a renovação da licença do uso do herbicida.
A Comissão Europeia não conseguiu reunir uma maioria suficiente, nem a favor e nem em contra, das propostas. No encontro do dia 25 de outubro, um total de 16 países votaram a favor de prorrogar por 10 anos a licença do glifosato, e 10 países membros se opõem.
                                                                   
A decisão foi adiada para o próximo dia 9 de novembro, data em que se reunirá novamente a Comissão Europeia para decidir a renovação do composto químico. Este herbicida se encontra atualmente em 45% da capa vegetal da Europa, e foi detectado em exames de urina de três para cada quatro alemães analisados.

A resolução aprovada pelo Parlamento pede que se abandone totalmente o uso do glifosato dentro de cinco anos e que, a partir de dezembro deste ano, se proíba:
  • O uso de glifosato por pessoas não profissionais;
  • Uso em parques públicos, pátios públicos ou jardins públicos, e zonas próximas a estes;
  • Uso para secar quimicamente os cultivos antes da colheita;
  • Uso agrícola “onde os sistemas integrados de manejo de pragas sejam suficientes para a gestão necessária”.
“Provável cancerígeno”
O glifosato foi patenteado na década de 70, pela multinacional Monsanto. Há quatro décadas que este é o pesticida mais usado, seja na agricultura ou na jardinaria.

O debate sobre o uso do composto químico começou com um alerta da Organização Mundial da Saúde em 2013, após estudos da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, como “provável cancerígeno” para as pessoas, já que se revelou como uma substância que poderia causar modificações hormonais importantes.
                                                                       

Nos Estados Unidos, um tribunal federal desclassificou os documentos da empresa produtora do herbicida, a Monsanto, por considerar que eles haviam manipulado os resultados dos estudos científicos. A gigante do setor de produtos agrícolas também se negou a assistir a uma sessão explicativa na Eurocâmara sobre a suposta influência nas pesquisas científicas.
                                                              

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