PUNIÇÃO PARA OS QUE COMETEM CRIMES AMBIENTAIS E ASSASSINAM AMBIENTALISTAS.

A iemenita Tawakkol Karman, prêmio Nobel da Paz em 2011, pediu a criação de um tribunal internacional para julgar as empresas multinacionais por danos ao meio ambiente, por provocarem a mudança climática e o julgamento dos assassinatos de ambientalistas.

                                         


A declaração foi realizada durante uma coletiva de imprensa em Honduras, junto à advogada iraniana Shirin Ebadi, também prêmio Nobel da Paz, em 2003. Elas visitaram o país para dar respaldo a um grupo feminino que luta contra a construção de represas e a atividade mineira no país, “Mujeres Tierra Paz”.
Em 2016, a líder indígena Berta Cáceres, coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), foi assinada por pistoleiros que entraram em sua casa. Após um estudo de criminalística, o Grupo Assessor Internacional de Pessoas Especialistas (GAIPE), integrado por cinco pessoas, informaram que agentes do Estado e diretivos de empresas participaram do assassinato.
A planificação e a execução do assassinato coincidem com manifestações ocorridas nas comunidades indígenas contra um projeto de represa no rio Gualcarque, território de indígenas lenca.
A oposição ao projeto hidroelétrico começou em 2013 quando Cáceres reuniu as comunidades indígenas para explicar sobres os prejuízos para o local com a obra. Após o assassinato da líder, uma delegação do Copinh conseguiu que suspender o apoio de bancos holandeses e fineses, que financiavam a obra.
Honduras, taxa mais alta em assassinatos contra opositores
O país registra a taxa mais alta em todo o mundo de assassinatos a defensores da terra e dos direitos humanos. Em 2006, 14 pessoas perderam a vida por defenderem causas sociais e ambientais.
“Convido a que exista uma corte internacional especial para a luta contra a corrupção e a lavagem de dinheiro e contra todos os involucrados na destruição do meio ambiente, e exploração do clima de forma danosa” afirmou Tawakkol Karman.
Ela propõe que este tribunal seja similar à Corte Penal Internacional, mas que julgue os implicados de todas as operações em que haja assassinatos de defensores de direitos humanos e ambientalistas.                   

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