INCÊNDIO COMPROMETE ESPÉCIES ENDÊMICAS E BACIAS HIDROGRÁFICAS NA MAIOR RESERVA DO CERRADO.

No mês de outubro, um incêndio arrasou com 68.000 hectares, uma área que corresponde ao 28% da área de conservação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no estado de Goiás, Centro-Oeste do Brasil.
Ele durou 10 dias e começou em 18 de Outubro, agora, os técnicos afirmam que o fogo está sob controle.


Nunca houve um incêndio de tantas proporções neste parque, o que comoveu um grande número de pessoas que trabalharam na zona para combater o fogo. Ao total foram 400, entre bombeiros, policiais, brigadistas e voluntários. Estima-se que mais de 1 milhão de litros de água foram usados para combater a queimada.
                                                                          
O governo abriu uma investigação para conhecer as causas do incêndio. De acordo com o coordenador de prevenção e combate ao fogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Christian Berlink, o fogo foi provocado de maneira intencional. A pessoa conhecia bem a zona e se aproveitou da direção do vento para que o fogo se espalhasse de forma rápida.

Em entrevista à BBC Brasil, o chefe do parque, Fernando Tatagiba, também concorda que a queimada foi um ato criminoso. “Não existe a possibilidade de combustão espontânea nessa região e 100% dos incêndios na seca no Cerrado são provocados pelo homem. O local onde ele começou deixa claro que o incêndio foi uma ação humana”, disse.
                                                             

O parque é uma referência para o bioma cerrado, por ser uma das zonas mais importantes de espécies em extinção ou endêmicas, como o lobo-guará, o pato-mergulhão e a onça-pintada. No parque, há nascentes de seis das oito bacias hidrográficas brasileiras, e a região possui uma das maiores biodiversidades do mundo. Atualmente, o parque é a maior reserva do cerrado, com 240 mil hectares.
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