Conseguir desenvolver processos verdadeiramente sustentáveis é um dos grandes desafios das empresas no século XXI, sobretudo na indústria, ou seja, não agressivos ao meio ambiente e sem comprometer a viabilidade do negócio. Isso vale tanto para a produção ou atividade fim da companhia, quanto para o descarte dos resíduos que são inerentemente gerados.
O tratamento de maneira correta e responsável de efluentes é uma das fases sensíveis de todo esse ciclo. Mais do que um compromisso ambiental e necessidade de adequação às legislações vigentes, é algo estratégico para companhias de todos os portes, que impacta na competitividade, desempenho financeiro, fortalecimento de imagem e valor da marca.
Uma das alternativas mais modernas e eficientes para aprimorar esse processo, que começa a ganhar cada vez mais espaço e já mostra resultados acima da média, é o emprego da biotecnologia, que substitui muitas soluções químicas utilizada nos métodos convencionais pelo uso inteligente dos microrganismos. É a natureza se autorremediando, sem gerar subprodutos em seu processo que cause impactos ao meio ambiente.
Mas, de que maneira isso é possível? Como fazer com que simples bactérias sejam mais efetivas do que os produtos industrializados usados atualmente em larga escala? A resposta é simples. Conhecimento, pesquisa e desenvolvimento!
Existe uma série de microrganismos já disponíveis em forma natural na natureza que se alimentam de tudo aquilo que precisamos eliminar dos efluentes. A partir de testes, é possível identificar qual é o conjunto de bactérias mais adequado para acabar com cada tipo de substância nociva. A tecnologia, hoje, permite reproduzir, em pouco tempo e em escala industrial, este blend para ser aplicado em efluentes.
Dessa forma, a biotecnologia substitui, de maneira eficaz e realmente satisfatória, as soluções químicas, com a vantagem de ser 100% natural e sustentável, não gerar qualquer tipo de resíduo (as bactérias não são nocivas e, ao fim do processo, são absorvidas pelo ambiente) e, o melhor, tudo isso com uma redução de custo, que varia entre 20% e 60%, de acordo com o método anteriormente utilizado.
A eficiência é garantida pelo fato de que todas as soluções biotecnológicas são feitas sob medida. O conjunto de microrganismos é testado e desenvolvido para atender às necessidades específicas de cada empresa. Assim, não há desperdício e todo o processo corre de maneira rápida, aumentando a capacidade de tratamento do sistema. É possível até reduzir o consumo de energia, pois os microrganismos “trabalham” em sistemas com ou sem a presença de oxigênio.
Atualmente, as companhias que geram muitos efluentes em suas linhas de produção, como as das áreas de Papel& Celulose, Laticínio e Alimentos, já descobriram as vantagens das soluções biotecnológicas. No entanto, qualquer indústria que gere resíduos com base orgânica pode se beneficiar, já que existem bactérias que consomem qualquer tipo de resíduo orgânico e substância presente em efluentes.
As maiores barreiras para que a biotecnologia ganhe mais força no segmento são o desconhecimento sobre o poder dos microrganismos e o mito de que as bactérias são sempre prejudiciais à sociedade. Esta visão ainda é muito comum e isso aconteceu com praticamente todas as grandes novidades científicas desenvolvidas na história da humanidade.
No entanto, a revolução biotecnológica já começou e vai transformar o mundo. Inclusive no tratamento de efluentes. Identificar rapidamente este movimento pode ser o diferencial entre ser o protagonista ou simplesmente ser levado pela onda. Em que lugar a sua empresa quer estar?
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