QUE ARGUMENTOS TENTAM REFUTAR O AQUECIMENTO GLOBAL.

Anualmente jogamos na atmosfera 40 bilhões de toneladas de CO2, e a temperatura do planeta já aumentou 1,1 °C desde o início da Revolução Industrial.

A humanidade conseguiu alterar o clima do planeta. Esta máxima é a conclusão dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e de 97% dos estudos sobre a ciência do clima já publicados. 

Mas tem sempre aqueles 3% que não concordam. Cientistas que negam que a humanidade esteja alterando o clima. Mas quem são eles? Onde vivem? De que se alimentam? O que defendem? Pelo menos a última questão agora pode ser respondida, graças à revisão dos 38 estudos que negam o aquecimento global publicados nos últimos 10 anos.


O estudo foi liderado pelo cientista atmosférico Rasmus Benestad, do Instituto Meteorológico Norueguês. Ele criou um programa de computador que tenta reproduzir os resultados dos estudos e tentar entender como chegaram à conclusão. E todos os estudos tinham falhas: nehum deles pôde ser replicado.

O erro mais comum foi apelidado pelos pesquisadores de “cherry picking” ("escolhendo cerejas" em português): são utilizados somente dados que conduzem à conclusão que pretende chegar, deixando de fora toda informação que leva a resultados diferentes.

Outra falha comum foi batizada de “encaixando na curva”, quando o pesquisador utiliza diferentes variáveis para formar um gráfico, do aumento da temperatura, por exemplo, e “estica” a informação para que a curva do gráfico siga um rumo desejado. Outros tantos exemplos de gráficos simplesmente contrariavam leis básicas da física.
                                                                                



Outra característica importante é que entre esses 3%, a única coisa em comum é o negacionismo. Alguns culpam o sol, outros os ciclos orbitais de outros planetas, ciclos do oceano, e por aí vai. Enquanto os 97% que afirmam a existência das mudanças climáticas formaram um consenso sobre o assunto.

É provável que, mesmo diante dessas informações, as pessoas que negam o aquecimento global não mudem de opinião. Para elas, Katharine Hayhoe, na Universidade de Tecnologia do Texas, manda um recado. “É muito mais fácil alegar ser suprimido que admitir que talvez não exista evidência científica para suportar sua ideologia política”.






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