O CHOQUE ENTRE ÁREAS URBANAS E ECOSSISTEMAS NATURAIS APONTA PARA O ¨FIM DO MUNDO¨.

A expansão da urbanização sobre os biomas naturais em todo mundo mostrou que a expansão de 422 cidades grandes (com mais de 300 mil habitantes) localizadas em pontos-chave de biodiversidade no mundo pode destruir o habitat de espécies já ameaçadas de extinção em 90% dos casos, e em menos de duas décadas.

Segundo o relatório World Cities Report de 2016 da ONU, dois terços da população mundial viverá em cidades até 2030, e a área coberta pelas cidades pode triplicar.

Os pesquisadores mapearam o crescimento projetado para as mais de 400 cidades e cruzaram a expansão com informações sobre vegetação remanescente e animais ameaçados de extinção que constam na Lista Vermelha da IUCN, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. 

Entre as 422 cidades localizadas em 36 áreas ricas de biodiversidade, haverá zonas de conflito com os biomas locais em 393 delas, se continuarem se expandindo no ritmo atual.
                                                    

Trata-se das cidades que devem enfrentar o maior crescimento populacional e expansão geográfica nos próximos anos, e que, por isso, são apontadas pelo estudo como prioritárias na adoção de medidas de preservação ambiental.
Dos 33 “hotspots urbanos” do estudo, dois estão no Brasil. O crescimento de São Paulo e Brasília ameaça, respectivamente, a integridade do que resta da Mata Atlântica e do Cerrado.

Comentários