ESPÉCIES EXÓTICAS PROVOCAM DESEQUILÍBRIO NOS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS.

É fundamental a identificação das principais espécies animais introduzidas nas unidades de conservação por humanos que consistem em uma ameaça real ao equilíbrio ecológico.

 O javali , é a única espécie cuja caça é autorizada pelo IBAMA (órgão ambiental ) desde 2013. A justificativa para o abate, no entanto, tem razão ecológica: por não ter predadores naturais, os javalis são responsáveis por desequilíbrios ambientais e pela destruição de lavouras. Introduzidos por pecuaristas no final da década de 1980, os animais são considerados uma praga em alguns locais do Brasil.

O principal impacto causado pelo javali acontece sobre a cobertura vegetal das unidades de conservação. Onívoros, os javalis se alimentam de raízes e também consomem invertebrados. Em algumas regiões do país, há registro de superpopulações.
                                                                               

“É importante que a sociedade tenha conhecimento dos impactos e problemas que essas espécies causam”, afirma a analista ambiental Tainah Guimarães, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que analisou o impacto das espécies introduzidas pelos humanos.

De acordo com a pesquisadora, não abandonar animais domésticos, estimular o consumo de peixes nativos e criar animais exóticos apenas com autorização do órgão competente são algumas medidas para evitar os desequilíbrios. Veja abaixo outros animais considerados ameaçadas à biodiversidade no Brasil: 

Caramujo-gigante
Resistente a diferentes condições ambientais, tem alto potencial de dispersão dos ovos, transportados nos produtos agrícolas. O principal risco é a competição com espécies nativas, o que leva a alterações na cadeia alimentar.


Coral-sol
Presente em seis unidades de conservação marítimas, é responsável pela alteração de habitats e da dinâmica de todo o ecossistema local, já que compete por espaço com os corais nativos. Como se espalha com rapidez, causa a perda da biodiversidade local.

Carpa
O hábito alimentar dessa espécie, que arranca plantas aquáticas por sucção, deixa a água mais turva, o que causa impacto na penetração de luz e desequilíbrio na reprodução das plantas. Com isso, peixes de outras espécies que vivem nos habitats também são afetados.

                                                                                 

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