PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS AUMENTARAM A PRODUÇÃO DE GRÃOS NA CHINA.

Pesquisadores desenvolveram um plano de ação com a tarefa de capacitar os agricultores de acordo com os princípios científicos para um desenvolvimento sustentável.

Entre as recomendações estava, por exemplo, que produtores de arroz do nordeste da China reduzissem seu uso total de nitrogênio em 20%, em média, aplicando o fertilizante em uma etapa diferente da que é usual. Já em lavouras de arroz no sul, uma das mudanças consistia na adoção de 20 “covas” por metro quadrado, ou seja, um espaçamento entre sementes muito maior do que o costumeiramente utilizado por produtores da região.

 Depois das orientações, produtores rurais podiam passar seus conhecimentos ao restante da comunidade onde estavam inseridos.
                                                                              Foi graças a essa relação mais próxima que os profissionais puderam acompanhar a implementação das medidas e coletar dados sobre nutrientes, pesticidas, uso de água e energia. Ao todo, 21 milhões de pequenos proprietários participaram do levantamento. 

Durante os 10 anos de campanha, as práticas sustentáveis aumentaram a produção de arroz, milho e trigo entre 10,8% e 11,5%, se comparadas aos métodos convencionais de cultivo. O incremento representou um ganho de 33 milhões de toneladas desses grãos.


 A aplicação de nitrogênio, por outro lado, diminuiu. A quantidade utilizada passou a ser entre 14,7% e 18,1% menor, uma economia de 1,2 milhão de toneladas de fertilizantes. Somados, o aumento na produção de grãos e o total de nitrogênio economizado representam um montante de US$ 12,2 bilhões.

A modernização da agricultura chinesa de fato é um dos elementos fundamentais do "New Socialist Countryside", programa implementado no início do século pelo Governo Central chinês. Em 2000, os subsídios estatais representavam 2,77% das receitas agrícolas do país. Esse total aumentou para 21,34% em 2015. 


Como nota este artigo da FEE (Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul), tal política chinesa encontrou certa resistência internacional. Em 2016, os Estados Unidos chegaram a notificar a OMC (Organização Mundial do Comércio) quanto a questão. O alvo das críticas eram os subsídios concedidos pelo país asiático aos seus produtores, sobretudo nas culturas de arroz, milho e trigo. 


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