AR SATURADO DE GÁS CARBÔNICO REDUZ O VALOR NUTRICIONAL DO ARROZ.

Estudo publicado na revista Science Advances, indica que o aumento das emissões do dióxido de carbono na atmosfera vem provocando uma perda de nutrientes na composição do arroz. A pesquisa indica que atualmente o alimento apresenta níveis mais baixos de quatro vitaminas B, em comparação com o arroz do final do século XXI.  

O  arroz perde vitaminas, proteínas, ferro e zinco com aumento de emissões de dióxido de carbono.

                                                                                
Os pesquisadores alertam ainda que o aumento de CO2 poderá levar à perda de proteínas, ferro e zinco no arroz nos próximos anos. O professor Adam Drewnowski, da Universidade de Washington e um dos autores do estudo, afirmou que “o efeito poderia ser devastador nos países consumidores de arroz, onde cerca de 70% das calorias e a maioria dos nutrientes são provenientes” deste cereal.
Para chegar a estas conclusões, uma equipe formada por pesquisadores experimentou plantar 18 variedades comuns de arroz, em campos no Japão e na China, em atmosferas controláveis que simulavam diferentes concentrações de CO2. Foram simuladas as emissões em condições climáticas de meados do século passado (568 a 590 partes por milhão em comparação com os 400 ppm da atualidade).
Os níveis de ferro, zinco, proteínas e vitaminas B1, B2, B5 e B9 diminuíram em proporções variadas. “As pessoas dizem que mais CO2 é alimento de plantas, e é. Mas como as plantas respondem a esse aumento súbito de alimentos terá impacto também na saúde humana, de déficits nutricionais, etno-farmacologia e alergias sazonais a pólen – de maneiras que ainda não entendemos”, disse Lewis Ziska, um dos autores do estudo.
Ele destaca ainda que “reduções na qualidade nutricional do arroz podem afetar a saúde materna e infantil de milhões de pessoas”, especialmente das populações asiáticas e africanas que têm no cereal, principal fonte de alimento.
“Demonstramos que o aquecimento global, as alterações climáticas e especialmente os gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, podem afetar o conteúdo nutricional do que comemos”, explicou Drewnowski.
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