ATÉ PARECE QUE O BRASIL É UM ÓTIMO PAÍS PARA ATIVISTAS.

A princípio, até parece que o Brasil é um ótimo país para lutar por causas. Mas a realidade é bem diferente. De acordo com um relatório da Global Witness, o Brasil é o país que mais mata ativistas.

Foram registrados, em 2016, 49 assassinatos de ambientalistas. O que coloca o Brasil no topo da lista dos países que matam ativistas, com 25% no total mundial. “A luta implacável pela riqueza natural da Amazônia torna o Brasil, mais uma vez, o país mais letal do mundo”. Em todo o mundo, foram pelo menos 200 ativistas assassinados no período, cerca de quatro pessoas por semana. De acordo com o relatório, “com muitos assassinatos não relatados, e nem ao menos investigados, é provável que o número verdadeiro seja muito mais alto”.

A principal causa foi o envolvimento das vítimas em conflitos contra a atividade de mineração, agronegócio e exploração madeireira. A mineração permanece como a que mais mata. Foram 33 ativistas mortos depois de se oporem a projetos de mineração e petroleiros. O assassinato é apenas uma das vias para conseguir o silêncio. Ameaças de morte, prisões, violência sexual e ataques legais também são recorrentes, segundo a organização.
                                                  
Cabe ao Estado proteger e assegurar a atividade dos defensores dos direitos humanos, conforme a legislação internacional, relembra o relatório. A Global Witness lamenta que aqueles que defendem causas fundiárias e ambientais enfrentam riscos específicos e aumentados porque desafiam interesses comerciais. “Para mantê-los seguros, é necessária ação.”
Brasil, Colômbia e Filipinas são responsáveis ​​por mais da metade das mortes, seguidos por Índia, Honduras, Nicarágua, República Democrática do Congo e Bangladesh. Cada vez mais os números e localidades atingem mais pontos pelo mundo.
Em 2016, foi registrado o dobro de casos de dois anos antes e o mais alto desde 2002, ano em que a ONG começou a contabilizar os assassinatos. 24 países registraram casos em 2016, contra 16 em 2015. “A falta de processos também dificulta identificar os responsáveis, mas encontramos evidências fortes de que a polícia e as Forças Armadas estavam por trás de pelo menos 43 assassinatos” alerta.
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