DADA COMO CERTA A EXTINÇÃO DO PEIXE-SERRA-PARENTE DAS RAIAS.

O  peixe-serra é um animal marinho que está presente em águas costeiras e rios de mais de 70 países tropicais e subtropicais. Todavia, essa situação pode mudar.

Pertence à família das raias e caracterizada por um rosto alongado.

Pesquisadores e especialistas em tubarões do SSG (Shark Specialist Group), da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN na sigla em inglês) , concoedam que os peixes-serra estão ameaçados de extinção em águas brasileiras e em outras partes do mundo.

“Os peixes-serra, há milênios reverenciados pelas comunidades costeiras ao redor do mundo, enfrentam agora um risco de extinção maior do que qualquer outra família de peixes marinhos”, afirma o Dr. Nick Dulvy, membro da IUCN e da equipe de pesquisa da Universidade Simon Fraser.

“Nossa atualização da Estratégia Global dos Peixes-Serra revela importante progresso na pesquisa e na conservação do animal, mas simultaneamente, dispara um forte alerta sobre o risco imediato da perda dessa espécie em muitos lugares, incluindo o Brasil.

A afirmação de Dulvy condiz com a atual situação da espécie na Lista Vermelha da IUCN: atualmente, todas as cinco subespécies de peixes-serra estão citadas no documento. Algumas estão na categoria “ameaçadas”, enquanto outras em “criticamente ameaçadas”.

De acordo com os especialistas, esse panorama é resultado da pesca dirigida ou acidental, já que os dentes de peixes-serra se enroscam nas redes. Outro fator relevante é a destruição do habitat natural desses animais, além de algumas espécies serem utilizadas pela medicina tradicional em certos países e outras terem suas barbatanas cobiçadas pela gastronomia.


“O Brasil possui a maior população de peixes-serra de toda a América do Sul, hoje ameaçada pelo controle insuficiente das atividades de pesca e comercialização, incentivadas pela crescente demanda do mercado”, destaca Patricia Charvet, porta-voz da SSG na parte leste da América do Sul.
                                                                                
Para driblar a situação, o grupo delimitou pontos importantes para que autoridades governamentais, cientistas e conservacionistas trabalhem em prol da preservação das espécies como, por exemplo, reforçar as proteções brasileiras ao peixe-serra, criar esforços para a redução das capturas acidentais, potencialmente impulsionada pela educação dos agentes dessas capturas, possibilitar testes genéticos para a detecção de carne de peixe-serra erroneamente etiquetada, estimular o desenvolvimento de projetos para desestimular o uso, dos dentes de peixe-serra nas rinhas de galo em países vizinhos, entre outros.


“Apesar do recente progresso na area da conservação, o tempo está se esgotando para muitas populações de peixes-serra em todo o mundo”, alerta Sonja Fordham, vice-presidente do SSG na IUCN e presidente da Shark Advocates International, projeto da Ocean Foundation.

“Estamos esperançosos de que juntos, possamos aproveitar esta oportunidade para virar a maré do peixe-serra brasileiro e, ao fazê-lo, dar um exemplo para que outros países valorizem e protejam essas magníficas espécies, antes que seja tarde demais."

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