O exemplo vem do Uruguai, com a rã-touro (Lithobates catesbeianus), que foi introduzida no país no final da década de 80 para a criação de granjas para a venda ao exterior. A espécie é considerada um grande depredador e forte competidor, sendo relacionada com a desaparição de várias populações de anfíbios nativos.
Inserida por interesses econômicos em 1987 no Uruguai, a rã-touro ameaça a cadeia alimentar numa região do país e será eliminada pelo Exército, de acordo com decisão de órgão ambiental.
Entre as medidas estratégicas previstas está a medida que orienta para o controle e a erradicação das espécies exóticas invasoras, que ameaçam a biodiversidade e a saúde da população, e necessita um esforço coletivo para o controle de maneira eficiente dos efeitos das espécies invasoras.
O projeto das granjas de rãs não foi rentável, e as espécies foram soltas, começando a se expandir em alguns pontos.
A rã-touro tem um tamanho muito superior aos de outros anfíbios nativos, e poder chegar a medir 20 centímetros de comprimento e pesar um quilo. De acordo com o biólogo Gabriel Laufer, o controle desta espécie invasora é difícil e deve ser feita logo no início do estado da invasão, para evitar os efeitos sobre o ecossistema invadido.
Ele sugere como ferramenta de controle a coleta massiva dos adultos e a remoção dos ovos. Laufer foi um dos primeiros em alertar sobre os problemas que a presença da rã-touro poderia ter no país, em 2005. Agora ele defende a exterminação da espécie invasora: “quando há uma invasão biológica nesta fase, usa-se a força bruta e se dá um bom golpe ao problema”, afirma.
A Direção de Meio Ambiente uruguaia determinou a caça destes depredadores, que será feita por um grupo de militares. O Exército usará arpões para a captura, de acordo com afirmações do coronel Juan Rígoli para o jornal El País.
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