O AQUECIMENTO GLOBAL CRESCENTE CONTA COM A LENTIDÃO SAZONAL DAS CORRENTES MARINHAS.

O desaceleramento das correntes do oceano Atlântico é normal, resultado de um ciclo que, estimam, dura várias décadas.

Não é porque o homem não tem culpa nessa história que não existe um problema real. De acordo com os pesquisadores, essa corrente está mascarando o aquecimento global. A AMOC (sigla em inglês para Circulação Contrária do Atlântico Meridional) é uma corrente transportadora que leva água quente dos trópicos para o Polo Norte. Essa água, por ter mais sal, afunda quando chega lá, levando o calor da superfície para as profundidades. A água esfria e faz o caminho de volta até os mares da Antártida.
                                                      


Quanto mais rápida essa corrente, mais calor da superfície do mar é dissipado nas profundezas do oceano, o que dá uma segurada no aquecimento do planeta. O novo estudo usa uma combinação de dados de medições de temperatura baseadas em navios, registros de maré, imagens de satélite da altura da superfície do mar que podem mostrar salpicos de água quente e rastreamento recente de alta tecnologia do próprio AMOC para sugerir que a força flutua como parte de um ciclo de 60 a 70 anos.

Quando a corrente está  rápida, mais da água tropical quente e salgada viaja para o Atlântico Norte. Com o passar dos anos, o calor da água derrete as geleiras e, eventualmente, a água doce torna a água da superfície mais leve e menos propensa a afundar, diminuindo a correnteza. Esse processo se mantém até que o Atlântico Norte se torna mais frio, o derretimento do gelo desacelera e, eventualmente, a fonte de água doce seca e a água mais pesada e mais salgada pode despencar novamente, o que acelera a circulação.


Segundo o estudo, os dados do período entre 1975 a 1998, o AMOC estava em uma fase lenta. Foi nessa época que o mundo começou a prestar atenção às consequências do aquecimento global. Desde então, a corrente começou a acelerar e chegou nos anos 2000 no ápice da velocidade, o que deu uma segurada no aquecimento da superfície do planeta. Medições recentes de densidade no Mar de Labrador, no extremo norte do da Terra,  sugerem que o ciclo está começando a mudar, disse Tung.

“A boa notícia é que os indicadores mostram que essa desaceleração da circulação do Atlântico está acabando, e nós não devemos ficar alarmados com o fato de que essa corrente entrará em colapso tão cedo ”, disse o pesquisador. “A má notícia é que as temperaturas da superfície devem começar a subir mais rapidamente nas próximas décadas.”


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                             cyro antunes zucarino


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