DESMATAMENTO FLORESTAL COLOCA OS PRIMATAS NA ROTA DA EXTINÇÃO.

Destacam-se : Brasil, Madagascar, Indonésia e República Democrática do Congo. Juntos estes países, que são extremamente ricos em biodiversidade, somam 286 espécies de macacos,  ou 65% de todos os primatas do mundo.
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Por todo o mundo, chimpanzés, gorilas e todos os seus primos primatas estão em perigo. 60% das espécies conhecidas (439) já correm algum risco iminente de extinção. 
                                                      
Hoje, a situação é pior em Madagascar, com cerca de 90% de sua fauna de primatas ameaçada de extinção, seguida da Indonésia, com 83%, Brasil, com 39% e Congo, com 17%. Os números fazem parte de um estudo realizado por 72 especialistas de todo o mundo. “Reunimos pesquisadores de diferentes nacionalidades, mas que direta ou indiretamente trabalham num dos quatro países, e compilamos as informações disponíveis na literatura em relação ás pressões antrópicas sobre os macacos em cada um deles”, explica, Leonardo Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia (SBP).

Foi analisada a distribuição das espécies em áreas protegidas dos países e, embora estas áreas existam, a proteção aos animais ainda não é eficiente. No Brasil e em Madagascar apenas 38% da população de primatas estão em unidades de conservação. Na Indonésia e no Congo os índices são ainda mais baixos,17% e 14%, respectivamente.


Dentre as principais ameaças estão a perda de habitat, no Brasil, Madagascar e Indonésia, e, no Congo, a caça comercial de carne. Doenças, exploração madeireira, mineração e mudanças climáticas também aparecem na relação.
No Brasil, existem hoje 35 espécies ameaçadas de extinção. Elas encontram-se em diferentes graus (vulneráveis, ameaçadas ou criticamente ameaçadas), porém todas preocupam os especialistas.
“Temos gêneros completos em risco, como o Leontopithecus (dos micos-leões, 4 espécies) e o Brachyteles (dos muriquis, duas). Além disso, possuímos duas outras entre as 25 mais ameaçadas do mundo, o Alouatta guariba guariba (bugio ruivo, restrito aos estados da Bahia e Minas Gerais) e o Cebus kaapori (caiarara), que vive apenas em uma pequena parte do Pará e Maranhão”, explica Oliveira.
Estes primatas desempenham funções fundamentais para a biodiversidade. Auxiliam em processos ecológico, são termômetros ecossistêmicos e muitas vezes auxiliam até na polinização de plantas.

Existem recomendações e possíveis soluções para o problema dos primatas.
Expansão de áreas protegidas, criação de corredores florestais, priorização de energias limpas são algumas das sugestões expostas pelo grupo de especialistas.






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