Segundo a Pnuma (Programa Ambiental das Nações Unidas), um terço de toda a comida produzida pelo sistema agrícola global é perdida a cada ano e um novo estudo torna este dado ainda mais alarmante. Se nosso comportamento não mudar, até 2030, o desperdício de alimento crescerá e cerca de 66 toneladas de comida irão para o lixo por segundo, enquanto que uma a cada sete pessoas em todo o mundo sofre com a desnutrição.
Isso significa que 2,1 bilhões de toneladas de alimentos não chegarão às mesas. E isso impacta muito além da fome, tem efeitos direitos sob os recursos naturais, contribuindo assim com grandes problemas ambientais. Atualmente, cerca de 1,6 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas a cada ano. Este número representa US$ 1,2 trilhão perdidos e 8% das emissões globais anuais de gases de efeito estufa (GEE). Se este cenário não for revertido, com urgência, em 2030 perderemos US$ 1,56 trilhão e o desperdício de alimento significará mais de 10% dos GEE em todo o mundo.
O estudo realizado pela Boston Consulting Group (BCG) destaca que o desperdício de alimentos ocorre em todas as etapas, mas é mais frequente no início (produção) e no final (consumo).
Desperdício de alimento no Brasil
Em 2017, os supermercados brasileiros desperdiçaram o equivalente a R$ 3,9 bilhões de alimentos. A informação é da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), e este número representa uma significativa queda em relação ao ano anterior.
A maior parte do desperdício de alimento no Brasil ocorre no processo de manuseio e transporte dos alimentos. Porém, uma grande parcela da produção vai para o lixo por estarem fora do padrão de consumo do mercado. Ou seja, produtos de boa qualidade deixam de ir à mesa dos brasileiros por estarem com formatos ou tamanhos diferentes do convencional.
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