RIO DE JANEIRO-ONDE QUASE TUDO É NADA.

Acordar cêdo e ir para o trabalho consiste em enfrentar já no começo da semana, dificuldades no trânsito, depredações em trens e BRTs, e o mêdo dos tiroteios em vários pontos da cidade além  dos assaltos.

Sem falar que durante à noite, nos morros e favelas do Rio, os moradores das comunidades mais pobres sentem pânico com as ¨guerras¨ pelo domínio do tráfico entre facções criminosas rivais. Resultado: famílias e trabalhadores experimentam noites seguidas mal-dormidas.

A face mais visível da desordem social e do desgoverno desse Estado acontece à luz do dia com um
arsenal de possibilidades, desde roubos de celulares, sequestro na saída de bancos, roubo de automóveis à mão armada que gera traumas e indignação com a quantidade de latrocínios nesses conflitos diários a cada 23 minutos pela estatistica.

Homicídio já é fato corriqueiro na cidade, uma  vez, durante um assalto no aeroporto do Galeão, um taxista gritou: São gringos (turistas) , deixa bater e outro retrucou: turista tem mais é que morrer. A verdade é que poucas pessoas transitam depois do horário de trabalho nas ruas, as pessoas vivem quase que reclusas em suas casas gradeadas e monitoradas com cãmeras de segurança. Com isso,abre-se espaço para a bandidagem e a malandragem nas ruas e essas pessoas deixam a imagem da cidade sem policiamento adequado, manchada.

Somos uma população em crescente aumento  de jovens viciados em drogas, várias praças, terrenos são ocupadas por moradores de rua e drogados, existe até a cracolândia. Na entrada das comunidades que vivem nas periferias, existem barricadas protegidas por rapazes fortemente armados e com radiotransmissores , uma espécie de área privativa do crime.

As balas perdidas que acertam inocentes causam mortes rápidas e fatais, ou mortes lentas por falta de atendimento medico, a maioria dos postos de saúde na cidade não possui insumos hospitalares, os funcionários dos Postos médicos e de hospitais não recebem seus salários regularmente, acumulando até três meses, por conta de condições muitos começam a faltar o serviço e as macas dos hospitais se amontoam nos corredores esperando, cada paciente, o atendimento que tarda chegar e muitos até morrem no hospital.

A questão dos salários não afeta apenas o setor da Saúde, várias prefeituras do Rio de Janeiro não pagam salários em dia, postergam o dia do pagamento e não reajustam os salários dos servidores,
pelo menos repondo a inflação, há anos.

Aposentados não têm prioridade de pagamento de suas pensões, ficam sem receber a qualquer hora,
as vezes agonizam na casa de parentes atrás de um prato de comida ou um trocado para a compra de medicamentos. Sabendo-se que muitas aposentadorias serviam no passado recente para ajudar a um filho desempregado ou pagar um curso ou tratamento dentário de um neto.

As escolas públicas são, via de regra mal conservadas, muito quentes e mal ventiladas, o pior é a carga horária de cada disciplina na escola fundamental e secundária, é a carga-horária mínima para o professor pegar mais turmas e não deixar alunos sem professor, conquanto o conteúdo das matérias
é passado aos alunos incompleto ou simplificado, sem o devido aprofundamento no conhecimento.
Um aluno da escola pública nunca terá condições de competir com um bom aluno de um curso particular preparatório que apresenta uma carga horária três vezes maior do que os míseros tempos de aula da rede pública. Os professores da rede pública fazem milagres e alguns alunos, mesmo em defasagem com os outros de colégios pagos, ainda conseguem vencer e serem até noticiados nos jornais.

A população em geral, não pode mais reunir os amigos para conversar sossegado em uma praça, ficar parado na esquina quando encontra um amigo. O normal são os encontros no Shopping, são mais seguros, um bom refúgio.

A realidade é que o crime organizado desafia o Estado. O motivo: estão armados de metralhadoras,granadas e outros explosivos. Dominam o comércio de botijão de gás nas áreas em que mandam, o transporte alternativo em kombis e Vans e a TV à cabo clandestina.

Milhares de empresários fecharam as portas de suas lojas e empresas aqui no Rio, não conseguem se manter pagando altos impostos e arcando com os constantes prejuízos de roubos de cargas nas rodovias de acesso ao Rio. Uma rotina de desmantelamento da Economia Fluminense.

Sobra o pior para o trabalhador que viu seu emprego ir pelo ralo da corrupção que assola o Estado há uma década, no mínimo, perderam seus empregos e aumentou só a violência. O Estado do Brasil com o maior número de desempregados é a tal cidade que já foi maravilhosa, porque de perto vemos mesmo muita poluição.

As lagoas e baías estão seriamente poluídas por aqui, esgoto e metais pesados nas lagoas de Jacarépagua e as baías de Guanabara e Sepetiba mostram o descaso com o Meio Ambiente.

Quando o orgão ambiental era a FEEMA, ainda existia um certo controle e monitoramento ambiental, agora o INEA, é um orgão inoperante, sem verbas, sucateado, e não se vê sequer o carro do orgão ambiental circular na cidade. 

O abandono é tão gritante, que os lixões que são proibidos por lei, foram revitalizados e operacionalizados por várias prefeituras do Rio de Janeiro. Na capital, o lixo é depositado em aterro sanitário, mas a prefeitura do Rio deve milhões aos administradores do Aterro.

Da conservação da cidade nem se fala, ruas e calçadas esburacadas, redução da arborização, obras na Avenida Brasil intermináveis, coleta de lixo irregular, entrega de correspondência atrasada ou deve ser retirada na sede dos correios por se tratarem os endereços de áreas de risco.

Nossa realidade parece que foi escrita pelo tempo, baseada em uma fábula que li quando menino- Alibabá e seus 40 ladrões. Muita coincidência, pois o nosso ¨RIO¨ tem o político que mais roubou na história do Brasil, e com muito mais do que 40 ladrões. Ele roubou tanto que ainda está preso, outros já foram soltos, temos um ministro do STF que manda soltar qualquer condenado da operação lava-jato por entender que não há provas suficientes ou que o autor do crime contra a econômia não representa perigo para à sociedade. Não existe razão para a investigação, todas as provas que levaram à prisão dos corruptos são insuficientes aos olhos de apenas um dos ministros da justiça, infelizmente o Brasil , seus compatriotas do povo e os promotores que investigam não merecem respeito e o Sr. Juíz só têm respeito aos cargos de políticos que usurparam a nação, apesar dos pesares.

                                                                 

Concordo com o fato dos acusados não representarem risco à sociedade, também pudera, levaram muito dinheiro da Educação, Saúde, Previdência, Moradia e etc, agora é ser solto por meio de habbeas corpus, ficar quietinho curtindo seus milhões e mordomias, e depois de algum tempo, se candidatar a algum cargo eletivo para continuar o famoso esquema que lhes deu riqueza, mas que se dane a sua reputação. O povo esquece. Temos corrupção em todo território Nacional, um câncer que se alastra, mas ainda pode ser tratado com a quimioterapia da Lava-jato. Menos, o Rio de Janeiro
cujo câncer já se encontra em estado terminal e agoniza e cala para sempre, a voz dos cariocas e fluminenses.





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