Esta não é apenas a história brasileira que está em chamas. Muitos vêem isso como uma metáfora para a cidade - e para o país como um todo.
O Rio de Janeiro está em crise. Violência crescente, um profundo declínio econômico e corrupção política se combinaram para tornar a cidade uma sombra do que era uma vez. Foi somente em 2016 que sediou os Jogos Olímpicos - um evento no qual o Brasil despejou bilhões de dólares.
Mas a ressaca do evento esportivo atingiu o Rio de Janeiro. Acrescente a isso o fato de que os gastos federais foram reduzidos, e com a violência em ascensão, os números do turismo também diminuíram.
Este foi um museu que muitos viram por tanto tempo ignorado e subfinanciado - agora, com consequências devastadoras para a herança do Brasil.
Foi um dos maiores museus de história natural e antropologia das Américas.
Seus milhões de artefatos incluíam fósseis, o maior meteorito do Brasil, ossos de dinossauros e um esqueleto de 12 mil anos de uma mulher conhecida como “Luzia”, a mais antiga já descoberta nas Américas.
Outro, o bibliotecário Edson Vargas da Silva, é citado pela mídia local descrevendo o prédio, que segundo ele tinha piso de madeira e continha “muitas coisas que queimam muito rápido”, como documentos em papel.
Os funcionários haviam anteriormente expressado preocupação com os cortes no financiamento e o estado degradado das instalações.
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