Este processo de redução glacial é mundial, e pode variar segundo a zona geográfica. Mas na região dos Andes, o derretimento das geleiras é ainda mais sensível. Ambientalistas internacionais pedem que os países se esforcem por fazer um seguimento contínuo, e rigoroso.
O relatório aponta que se este processo se mantém nesta velocidade, as geleiras da Colômbia desaparecerão provavelmente em uns 40 anos.
Relatório publicado por instituto ambiental na Colômbia indica que o país perdeu 18% das geleiras existentes entre 2010 e 2017. Se o derretimento continuar neste ritmo, especialistas preveem desaparecimento dos glaciais nas próximas 4 ou 5 décadas.
Existe o perigo do rápido derretimento das geleiras em todo o país. O relatório concluiu que entre os anos 2010 e 2017 houve uma diminuição de 8,4 km2, o que equivale a 18% das geleiras existentes na Colômbia.
Os pesquisadores se preocupam especialmente pela situação do Nevado de Santa Isabel, localizado no Parque Nacional Natural Los Nevados, que sofreu um processo acelerado de derretimento que pode comprometer todo o ecossistema local. Entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2018, a região perdeu 37% do gelo. Nunca se havia registrado uma perda tão grande em tão pouco tempo, segundo o relatório do IDEAM.
Segundo a última medição, em 2017, a área glacial colombiana foi de 37 km2. A meados do século XIX, o país tinha uma cobertura de 350 km2, e finalizando a década de 50, diminuiu para 108 km2.
Entre 2016 e 2017, os nevados de Ruiz e Tolima perderam um 7%, a Serra Nevada de Santa Marta perdeu 5,5%, a Serra Nevada El Cocuy manteve uma perda anual de 4,8% e o vulcão nevado do Huila, uma redução de 2,7%.
O Ministério de Ambiente do país emitiu um comunicado que afirma que “se persistir as condições atuais climáticas globais e uma variabilidade climática acentuada, como a ocorrência de eventos climáticos extremos, é provável que a extinção dos nevados colombianos se produza durante a segunda metade do presente século”, afirmam.
Junto com a geleira, também se perderá a biodiversidade. Segundo o ministro de Ambiente, o desaparecimento provocaria também a perda de quase 30% da biodiversidade do país.
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