TRABALHADORES SUFOCADOS EM SILOS DE GRÃOS NOS EUA E BRASIL.

Destacamos o número crescente de mortes por acidentes de trabalho em silos, grandes estruturas de metal usadas para armazenar grãos. 


O problema se avoluma na medida em que o país quebra, ano após ano, seus próprios recordes na safra da soja. A mecanização que atinge o agronegócio ainda não prescindiu da mão de obra humana na hora de fazer a manutenção dos dutos. 
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A título de comparação, “nos Estados Unidos, país com capacidade de armazenamento de grãos quase quatro vezes superior à brasileira, houve 23 mortes por soterramento em silos em 2017, segundo um estudo de Purdue University”. 

Por aqui, o número de mortes foi de 24 — isso apenas em casos notificados pelo Ministério Público do Trabalho e pela imprensa. “Não há estatísticas oficiais precisas sobre mortes em armazéns de grãos no Brasil. Quando trabalhadores sofrem acidentes, cabe ao empregador informar a ocorrência ao Ministério da Previdência Social. 

No formulário de notificações, porém, não há um código para armazéns agrícolas, englobados pela categoria mais abrangente de ‘depósitos fixos’”. 

Boa parte das vezes o trabalhador é “engolido ao caminhar sobre os grãos sem cordas de segurança” enquanto realiza manutenção. Em outras situações, ele é encoberto por uma avalanche de grãos quando paredes do armazém colapsam, ou perde os sentidos em contato com os gases tóxicos liberados na fermentação da matéria-prima. 

Falta fiscalização, equipamento de segurança e treinamento aos trabalhadores e àqueles que supervisionam essas atividades. 

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