MICROPLÁSTICOS INVISÍVEIS INGERIDOS COM OS ALIMENTOS PODEM DERRUBAR NOSSO SISTEMA IMUNITÁRIO.

Um alerta para a presença de microplásticos nos alimentos que ingerimos. Pesquisadores pedem mais investigações para determinar o impacto do plástico para a saúde humana.


 Foi feita uma analise das fezes de oito voluntários que durante uma semana anotaram tudo o que ingeriram, seguindo uma alimentação habitual. Os participantes do estudo viviam em oito países diferentes: Reino Unido, Itália, Rússia, Japão, Finlândia, Polônia, Holanda e Áustria.

Os resultados do estudo acenderam um alarme sobre o impacto que a contaminação de plásticos pode ter para a saúde humana. Os pesquisadores detectaram nas fezes de todos os participantes, a presença de partículas de policloruro de vinilo (PVC), polipropileno, tereftalato de polietileno (PET) e outros tipos de plásticos. Chamados de microplásticos, estas pequenas partículas de plástico têm menos de 5mm e poderiam afetar principalmente o sistema imunitário.
                                                                            Resultado de imagem para plasticos no lixo
Os resultados indicam a presença de 9 dos 10 plásticos buscados nos exames de fezes, numa quantidade aproximada de 20 microplásticos para cada 10 gramas de matéria fecal. Ao analisar os alimentos consumidos pelos participantes do estudo, sabe-se que todos consumiram algum alimento de embalagem plástica e ao menos seis comeram peixe.
Entre os dois plásticos analisados, os mais comuns foram o propileno que está presente nas embalagens de bebidas como sucos e leites. Também encontraram muitas partículas de PET, habitual nas garrafas de plástico.
O principal autor do estudo, Philipp Schwabl, ressaltou a importância de mais pesquisas para determinar com mais precisão o que representa para a saúde humana a presença dos plásticos no meio ambiente e como embalagem de alimentos. “Embora nos estudos em animais a maior concentração de plásticos foi localizada no intestino, as partículas de microplástico mais pequenas podem entrar na corrente sanguínea, o sistema linfático e inclusive alcançar o fígado”, afirmou.
O estudo foi apresentado durante um congresso de gastroenterologia que está acontecendo esta semana em Viena, alguns dias depois da publicação de um estudo realizado pelo Greenpeace e a Universidade Nacional de Icheon (Coreia do Sul), que indicam a presença de microplásticos em 90% das marcas de sal analisadas.
Neste estudo, com 39 diferentes tipos e marcas de sal de uma mostra a nível mundial, apenas 3 marcas não mostraram presença de microplástico. A contaminação foi detectada em grande parte no sal marinho, depois no sal de lago e finalmente no sal de rocha.
Com a certeza da presença do microplástico no corpo humano, faltaria saber se estamos sendo intoxicados pelos componentes químicos presentes nos plásticos e quais impactos podem ter para a nossa saúde.

Comentários