MILHARES DE PEIXES FORAM SALVOS POR VOLUNTÁRIOS DE LAGOAS QUASE SECAS ÀS MARGENS DO SÃO FRANCISCO.

Realizada em recipiente apropriado (transfish) cedido pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, a transferência dos peixes para o rio São Francisco foi monitorada por analistas do Ibama, que realizaram o controle de salinidade e oxigenação da água.

Foram resgatados na última semana e transferidos para o rio São Francisco 118,5 mil peixes de lagoas ameaçadas pela seca que atinge a região de Xique-Xique, no norte da Bahia. O salvamento foi feito por uma força tarefa que reuniu cerca de 100 voluntários de órgãos públicos, organizações não governamentais e da sociedade civil.


O Ibama já havia identificado elevada mortandade de peixes no complexo lagunar do Submédio São Francisco. Técnicos estimam que a seca histórica na lagoa de Itaparica, intensificada a partir de agosto de 2017, tenha levado à morte cerca de 50 milhões de peixes nativos e exóticos na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Entre as espécies resgatadas estavam cascudo, corvina, curimatã, mandi amarelo, pacu, piaba, traíra e surubim.

                                                              Resultado de imagem para PESCA NO RIO SÃO FRANCISCO

 

Ainda em 2018, em outubro e novembro, o Ibama realizará mais duas ações de resgate e salvamento de peixes, coordenadas pela Superintendência do Ibama na Bahia com apoio de unidades do Instituto em outros quatro estados do Nordeste: Alagoas, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
O Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco prepara a contratação de um estudo para diagnóstico da situação do complexo lagunar, com o objetivo de identificar possíveis causas da mortandade de peixes e permitir a adoção de medidas capazes de interromper o dano ambiental. O Ibama realizará a apuração de responsabilidades administrativas.
A ação emergencial tem a finalidade de minimizar a mortandade de peixes, além de combater ilícitos ambientais que agravam impactos ambientais na região, como desmatamento, pesca predatória, lançamento inadequado de efluentes na água e ocupação irregular em Áreas de Preservação Permanente , entre outros.

Inspiração

Em 2016, um grupo de pescadores artesanais realizou o salvamento de peixes sem acompanhamento técnico em lagoas marginais do São Francisco, na Ilha do Gado Bravo, a maior do rio. Com baldes, redes improvisadas e materiais reciclados, como latas de tinta e cestas de bicicletas, eles resgataram cerca de 20 mil peixes.
                                              Vídeo: peixes do Rio São Francisco e Amazonas.

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