No filme A Praia (2000), o personagem de Leonardo DiCaprio encontra um paraíso escondido em uma praia na Tailândia onde acredita que viverá por muito tempo de forma harmoniosa, longe do sistema, junto à sua comunidade. Quem já viu o filme sabe que o plano deu errado, com acidentes, tretas internas e traficantes de drogas.

Essa treta, no entanto, já extrapolou os limites da ficção. Se no longa havia uma grande preocupação para esconder do mundo a localização da paradisíaca praia, na vida real foi o contrário, com diversas agências de turismo explorando as areias douradas e águas cristalinas da praia chamada de Baía Maya, na ilha de Ko Phi Phi Leh.
Muita gente ficou com o sonho de conhecer esse paraíso. Um sonho que acabou ameaçando a própria beleza do local. Nos últimos anos, a praias recebeu uma média de cinco mil turistas todos os dias, transportados por cerca de 200 barcos.
Com as pessoas, muito lixo e protetor solar, que provocaram sérios impactos ambientais, como a destruição de 80% do coral ao redor da Baía Maya. Agora as autoridades querem reverter o histórico recente de destruição, mas já sabem que não será fácil.
Desde o dia 1º de junho a praia se encontra fechada para o acesso de turistas. A meta era que ficasse quatro meses fechada, mas os responsáveis já perceberam que seria muito pouco tempo, e aumentaram o tempo para um ano. Mesmo com o novo prazo, no entanto, será difícil que a natureza consiga se recuperar de forma consistente a tempo.
“Avaliamos cada mês e descobrimos que o sistema ecológico foi seriamente destruído pelo turismo de até 5.000 pessoas diariamente”, afirmou Songtam Suksawang, diretor do departamento de parques nacionais, ao The Guardian. “É muito difícil remediar e reabilitar porque a praia foi completamente destruída, bem como as plantas que a cobrem", disse ele, acrescentando que é "impossível" que a recuperação ocorra no tempo previsto.
Foi difícil tomar a decisão de fechar a praia, afinal, com a enxurrada de turistas, vem o dinheiro deles - cerca de R$ 50 milhões por ano. De acordo com um comunicado do departamento de parques nacionais da Tailândia em 1º de outubro, o meio ambiente está em vantagem nessa disputa, pelo menos no que tange sua recuperação. O prazo de um ano pode se tornar ainda maior se for necessário. As restrições ao turismo não acabarão até que o ecossistema “se recupere totalmente a uma situação normal”.
Assim, se depender dos corais, a baía Maya vai passar um longo tempo sem turistas, já que crescem cerca de meio centímetro por ano.
Esse tipo de iniciativa é cada vez mais comum nos países da região. Em abril, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou um fechamento de seis meses do resort de praia de Boracay, chamando o destino de uma "fossa".
A Indonésia declarou uma “emergência de lixo” no ano passado ao longo de um trecho da ilha de Bali, depois que a poluição costeira foi destacada em um vídeo viral que mostrou um mergulhador nadando através da água cheia de lixo.
Essa treta, no entanto, já extrapolou os limites da ficção. Se no longa havia uma grande preocupação para esconder do mundo a localização da paradisíaca praia, na vida real foi o contrário, com diversas agências de turismo explorando as areias douradas e águas cristalinas da praia chamada de Baía Maya, na ilha de Ko Phi Phi Leh.
Muita gente ficou com o sonho de conhecer esse paraíso. Um sonho que acabou ameaçando a própria beleza do local. Nos últimos anos, a praias recebeu uma média de cinco mil turistas todos os dias, transportados por cerca de 200 barcos.
Com as pessoas, muito lixo e protetor solar, que provocaram sérios impactos ambientais, como a destruição de 80% do coral ao redor da Baía Maya. Agora as autoridades querem reverter o histórico recente de destruição, mas já sabem que não será fácil.
Desde o dia 1º de junho a praia se encontra fechada para o acesso de turistas. A meta era que ficasse quatro meses fechada, mas os responsáveis já perceberam que seria muito pouco tempo, e aumentaram o tempo para um ano. Mesmo com o novo prazo, no entanto, será difícil que a natureza consiga se recuperar de forma consistente a tempo.
“Avaliamos cada mês e descobrimos que o sistema ecológico foi seriamente destruído pelo turismo de até 5.000 pessoas diariamente”, afirmou Songtam Suksawang, diretor do departamento de parques nacionais, ao The Guardian. “É muito difícil remediar e reabilitar porque a praia foi completamente destruída, bem como as plantas que a cobrem", disse ele, acrescentando que é "impossível" que a recuperação ocorra no tempo previsto.
Foi difícil tomar a decisão de fechar a praia, afinal, com a enxurrada de turistas, vem o dinheiro deles - cerca de R$ 50 milhões por ano. De acordo com um comunicado do departamento de parques nacionais da Tailândia em 1º de outubro, o meio ambiente está em vantagem nessa disputa, pelo menos no que tange sua recuperação. O prazo de um ano pode se tornar ainda maior se for necessário. As restrições ao turismo não acabarão até que o ecossistema “se recupere totalmente a uma situação normal”.
Assim, se depender dos corais, a baía Maya vai passar um longo tempo sem turistas, já que crescem cerca de meio centímetro por ano.
Esse tipo de iniciativa é cada vez mais comum nos países da região. Em abril, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou um fechamento de seis meses do resort de praia de Boracay, chamando o destino de uma "fossa".
A Indonésia declarou uma “emergência de lixo” no ano passado ao longo de um trecho da ilha de Bali, depois que a poluição costeira foi destacada em um vídeo viral que mostrou um mergulhador nadando através da água cheia de lixo.
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