O projeto se chama Bioo e se baseia em aproveitar os resíduos energéticos que as plantas liberam para gerar eletricidade
Atualmente, os avanços na tecnologia já permitem extrair eletricidade das plantas. A empresa espanhola Arkyne Technologies, localizada em Barcelona (Espanha), desenvolveu maneiras de obter eletricidade através do processo de fotossíntese. O projeto, chamado Bioo, foi desenvolvido pelos jovens Pablo Vidarte, Javier Rodríguez e Rafael Rebollo.
A tecnologia funcionou da seguinte maneira: a partir de um reator biológico, a energia é obtida a partir da decomposição de substâncias orgânicas expelidas naturalmente pelas plantas, que liberam elétrons e H2O durante o processo. Qualquer planta pode servir, pelo fato que se necessita do processo de fotossíntese.
No momento, a Bioo já possui painéis capazes de produzir energia a partir da grama natural. O sistema contém baterias biológicas que geram uma potência de 3 a 40 watts por metro quadrado. A energia é produzida a partir dos resíduos energéticos que as plantas expelem e funcionam tanto de dia quanto de noite.
Conforme explicado pelos divulgadores do projeto no jornal La Vanguardia, com 10 x 10 metros de painéis de vegetação baixa, como capim ou alface, poderiam ser cobertas as necessidades de eletricidade de uma casa familiar padrão. Com plantas maiores, como árvores ou arbustos, seriam necessários apenas 3 x 5 metros de painéis.
Uma variante desse sistema é o Bioo Lite, um vaso que inclui uma porta de carregamento USB conectada a uma bateria biológica. Isso permite três cargas por dia e tem uma vida útil de mais de cinco anos. A eletricidade é extraída da planta e se ela morrer, o carregador para de funcionar.
No futuro, porém, o objetivo dos divulgadores do Bioo não é vender vasos, mas sim conseguir alimentar as cidades com a eletricidade produzida através da energia das plantas, explicam no portal Infobae. “Se as plantas nos alimentaram no passado, vão alimentar nossas cidades no futuro”, dizem.
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