Desde sua primeira edição, em 2014, a Canoada do Xingu pretende alertar sobre os impactos da UHE Belo Monte no fluxo das águas, nas florestas e na vida das populações que dependem do rio para viver. A canoada percorreu 110 km, por toda a Volta Grande, partindo de Altamira.
Para ver de perto a luta dos indígenas e ribeirinhos de Volta Grande do Xingu (PA), região impactada pela Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte, a Canoada do Xingu 2018 reuniu 107 pessoas, entre os dias 3 e 8 de setembro. Os participantes conheceram de perto a diversidade socioambiental e as belezas da Volta Grande, e também os impactos que a quarta maior hidrelétrica do mundo trouxe para a região.
Para ver de perto a luta dos indígenas e ribeirinhos de Volta Grande do Xingu (PA), região impactada pela Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte, a Canoada do Xingu 2018 reuniu 107 pessoas, entre os dias 3 e 8 de setembro. Os participantes conheceram de perto a diversidade socioambiental e as belezas da Volta Grande, e também os impactos que a quarta maior hidrelétrica do mundo trouxe para a região.
“A maravilhosa oportunidade de participar da Canoada com os Yudjá e com tantas pessoas dispostas a entender o que é o contexto da instalação de Belo Monte permitiu a humanização das ilhas, pedras e curvas do rio, no sentido de que esse rio, cada pedaço dele, é pleno de história e de significado para as pessoas que vivem nele, que vivem dele, que vivem com ele”, comenta Katia Ribeiro, participante da edição.
Volta Grande do Xingu:
O trecho de aproximadamente 100 quilômetros está localizado à margem esquerda do Rio Xingu. Esta curva de rio é lar de uma das maiores diversidades socioambientais do planeta e banha as Terras Indígenas Arara da Volta Grande e Paquiçamba, e de outras centenas de famílias ribeirinhas que dependem do rio para viver.
Desde a construção da UHE Belo Monte o futuro da área é incerto. Os estudos de impacto ambiental hidrelétrica não apontam os reais impactos da redução do fluxo de água neste trecho do rio. Desde o início das obras, a região e seus habitantes enfrentam intensas transformações.
O barramento do rio, em 2015, alterou a quantidade, a velocidade e o nível de água na região. Com isso, uma série de relações humanas e não-humanas foram modificadas. Vegetações típicas desapareceram e trechos do rio secaram.
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