O Fórum Global realizado na semana passada em Marrakesh, no Marrocos, reuniu líderes empresariais, especialistas, investidores e representantes de organismos multilaterais de desenvolvimento e governos da África, Ásia, Europa e América.
Durante o encontro, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)ressaltou a necessidade de reunir esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente ao combate à fome que está crescendo em todo o mundo.
Para alcançar o objetivo de acabar com a fome no mundo, é necessário criar parcerias entre o setor público e o setor privado para acelerar a inovação e o desenvolvimento sustentável no setor alimentar e agrícola.
A FAO estima que são necessários até 265 bilhões de dólares anuais para acabar com a pobreza e a fome para o ano 2030, o que equivale a 0,3% da renda anual média prevista para este período de tempo.
Entre os apoiadores do encontro, o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD)destacou, através do presidente Suma Chakrabarti, que “as instituições financeiras internacionais e de desenvolvimento devem trabalhar conjuntamente com o setor privado para encontrar soluções duradouras aos principais desafios de desenvolvimento, como a pobreza, a mudança climática e a migração”, disse.
Entre os setores com mais visibilidade para investimentos privados destacam-se os sistemas alimentar e agrícola, que poderiam reunir iniciativas com efeitos sustentáveis para conseguir impactos mais positivos para o meio ambiente e para a sociedade.
Para este desenvolvimento, serão necessários esforços também na área de tecnologia para haver inovação no setor agrícola de forma a reduzir gastos, reduzir emissões de gás carbono e melhorar o uso dos recursos naturais.
A inovação no setor agrícola, para que seja sustentável, também deve chegar aos pequenos produtores rurais, que pode ser incentivado pelo setor público. Será necessário compreender as aplicações e os resultados das diferentes tecnologias para uma adaptação ao entorno da pequena produção.
Os órgãos públicos devem identificar as melhores políticas e incentivos para o desenvolvimento sustentável e inovador no setor agrícola e alimentar, e os investimentos podem vir das empresas.
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