SANTO ANDRÉ (SP) DECRETA O FIM DO USO DE DIESEL EM ÔNIBUS PÚBLICOS, AGORA É A VEZ DOS ELÉTRICOS.

A cidade de Santo André, no ABC Paulista, tornou-se o segundo município brasileiro a decretar um prazo para a eliminação do diesel no transporte municipal. Em um edital lançado pela prefeitura na última semana, foi exigido que todas as empresas concorrentes ao transporte municipal da cidade apresentem uma redução de 20% das emissões de poluentes já no primeiro ano e que ao final de 20 anos a emissão de CO2 seja zero.

O edital é para Vila Luzita, a principal área com serviço de ônibus na cidade e também a que apresenta maior demanda. Atualmente toda a frota em operação nessa região conta apenas com ônibus a diesel. O novo edital deve estabelecer o modelo para os editais das demais regiões da cidade.
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“A incorporação de cronogramas de eliminação do diesel no transporte público é uma tendência inexorável”, explica Flavio Siqueira, representante da Cidade dos Sonhos. “Atualmente os ônibus elétricos já são mais econômicos, quando se considera todo seu ciclo de vida, enquanto que os problemas causados pela poluição do diesel que oneram os cofres públicos são cada vez mais evidentes.  Só existe uma saída para resolver essa equação: investir em combustíveis limpos”.

Queima de diesel é agente do aquecimento global

A queima de combustíveis fósseis, como o diesel, é uma das principais causas do aquecimento global e do desenvolvimento de doenças cardíacas e pulmonares.
Questões como estas, levaram organizações, como a Rede Nossa São Paulo, Greenpeace e Idec, a apresentarem estudos que comprovavam a viabilidade técnica e econômica para a transição para uma frota limpa na cidade de São Paulo.
Embora focados na capital paulista, os estudos dão a dimensão do problema.  A poluição do ar atualmente já mata mais que o dobro dos acidentes de trânsito, cinco vezes mais que câncer de mama e quase 6,5 vezes mais que AIDS. Ficar duas horas no meio do trânsito de São Paulo equivale a fumar um cigarro.
Na cidade, os ônibus representam menos de 4% da frota de veículos, porém emitem quase metade (cerca de 47%) da fumaça preta que encobre a cidade.  O estudo mostra que em dez anos, uma redução de 20% na queima do diesel convencional poderia evitar mais de 7 mil mortes e os cofres públicos economizariam R$ 53 milhões em gastos de saúde decorrentes de problemas cardiorrespiratórios.
Além disso, foi constatado que o custo de manutenção de ônibus elétricos puros pode ser 25% menor e a economia com combustível pode chegar a 64,7% em comparação com os convencionais a diesel.

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