O RELÓGIO DO APOCALIPSE MARCA 23h58min, À MEIA-NOITE INICIA-SE A DESTRUIÇÃO DO PLANETA PELAS MÃOS HUMANAS.
Em 25 de janeiro deste ano, o grupo adiantou o relógio em meio minuto, para 23h58, devido “às crescentes ameaças de guerra nuclear e mudança climática” e à “redução do papel de liderança exercido pelos Estados Unidos”. É a pior situação registrada, igual àquela em que o relógio estava em meados dos anos 1950, quando EUA e União Soviética empilhavam armas termonucleares em seus arsenais. Ou seja: chegamos ao mesmo grau de insensatez dos tempos da Guerra Fria.
Em 25 de janeiro deste ano, o grupo adiantou o relógio em meio minuto, para 23h58, devido “às crescentes ameaças de guerra nuclear e mudança climática” e à “redução do papel de liderança exercido pelos Estados Unidos”. É a pior situação registrada, igual àquela em que o relógio estava em meados dos anos 1950, quando EUA e União Soviética empilhavam armas termonucleares em seus arsenais. Ou seja: chegamos ao mesmo grau de insensatez dos tempos da Guerra Fria.
Mas uma parcela significativa do agravamento apontado pelo Boletim de Cientistas Atômicos tem nome: Donald Trump, o atual e instável ocupante da Casa Branca. “Os Estados Unidos são liderados por um presidente em que poucos confiam”, avaliou em janeiro Joschka Fischer, ex-ministro do Exterior da Alemanha.
Por causa de Trump, o Relógio do Apocalipse já havia sido adiantado em 30 segundos no ano anterior – o Boletim de Cientistas Atômicos justificou a decisão sublinhando os comentários do governante sobre as armas nucleares, a ameaça de uma renovada corrida armamentista entre EUA e a Rússia e o desprezo da administração americana pelo consenso científico sobre a mudança climática. Para piorar o quadro, nos primeiros meses deste ano vivia-se uma escalada de ameaças entre o presidente americano e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, cada qual ameaçando aniquilar o outro com bombas nucleares.
Desde julho de 2017, quando os norte-coreanos testaram um míssil balístico intercontinental, o mundo conviveu com uma espantosa troca de intimidações entre dois governantes imprevisíveis. Com a situação cada vez mais nebulosa, e depois de descerem ao nível das ofensas mútuas (Kim virou o “pequeno homem-foguete”, enquanto Trump foi tachado como “velho senil”), a dupla combinou uma reunião pessoal – algo que governos americanos anteriores sempre haviam evitado, pois significaria reconhecer como equivalente ao seu governante o ditador de um estado pária da comunidade internacional.
A cúpula, realizada em Singapura em junho, aparentemente foi um triunfo para Kim – em troca de um vago acordo de paz, ele conseguiu que os EUA e a Coreia do Sul suspendessem seus exercícios militares conjuntos, considerados “provocação” pelos norte-coreanos, e não especificou nenhum cronograma específico de desarmamento nuclear.
O encontro baixou por algum tempo a temperatura entre EUA e Coreia do Norte, mas serve como exemplo da instabilidade gerada por Trump no tabuleiro mundial. Para manter a pressão sobre os norte-coreanos, por exemplo, o governo dos EUA depende da boa vontade da China, com quem Pyongyang mantém mais de 90% do seu comércio. O ideal seria americanos e chineses viverem uma relação amistosa, mas a situação se complicou. Acusando o gigante asiático de obter um imenso superávit no comércio bilateral e de supostos “roubos” de propriedade intelectual, o governo Trump iniciou no primeiro semestre uma guerra comercial com os chineses de consequências ainda imprevisíveis.
Trump já é praticamente um ícone de iniciativas contrárias à paz (veja quadro ao lado), mas não está sozinho nessa lista. Um dos companheiros é o presidente russo Vladimir Putin, que não oculta a vontade de ver seu país como uma superpotência comparável à dos tempos da antiga União Soviética. Nesse embalo, os russos assumiram um papel proeminente na guerra civil da Síria e no conflito entre ucranianos e russos étnicos no leste da Ucrânia (que, inclusive, derivou para a anexação da península da Crimeia, em 2014.
A Rússia também participa – associada a posições nacionalistas, populistas e de ameaça à democracia – em eleições no Ocidente via redes sociais. Sua influência foi notória, por exemplo, na escolha do próprio Trump nos EUA e na vitória do Brexit, em 2016.
Às turbulências internacionais em relação à paz somam-se os problemas internos de cada país. A América do Sul registrou em 2017 a segunda maior taxa de homicídios entre as regiões do globo, ficando atrás apenas da América Central e do Caribe. Por seu lado, o Brasil ocupa o 106o lugar entre 163 países no Índice Global da Paz de 2018, organizado pela ONG australiana Instituto para Economia e Paz (IEP), em virtude de fatores como criminalidade e corrupção.
Com tanta violência e desalento espalhados pelo globo, é possível pensar em paz neste momento? Não só se pode, como se deve pensar sempre em paz, indicam estudos científicos. A ideia inicial para a realização desses trabalhos surgiu com uma afirmação do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi, criador da meditação transcendental. Maharishi declarou nos anos 1960 que se 1% da população mundial praticasse sua forma de meditação, as guerras desapareceriam da face da Terra.
Em 25 de janeiro deste ano, o grupo adiantou o relógio em meio minuto, para 23h58, devido “às crescentes ameaças de guerra nuclear e mudança climática” e à “redução do papel de liderança exercido pelos Estados Unidos”. É a pior situação registrada, igual àquela em que o relógio estava em meados dos anos 1950, quando EUA e União Soviética empilhavam armas termonucleares em seus arsenais. Ou seja: chegamos ao mesmo grau de insensatez dos tempos da Guerra Fria.
Mas uma parcela significativa do agravamento apontado pelo Boletim de Cientistas Atômicos tem nome: Donald Trump, o atual e instável ocupante da Casa Branca. “Os Estados Unidos são liderados por um presidente em que poucos confiam”, avaliou em janeiro Joschka Fischer, ex-ministro do Exterior da Alemanha.
Por causa de Trump, o Relógio do Apocalipse já havia sido adiantado em 30 segundos no ano anterior – o Boletim de Cientistas Atômicos justificou a decisão sublinhando os comentários do governante sobre as armas nucleares, a ameaça de uma renovada corrida armamentista entre EUA e a Rússia e o desprezo da administração americana pelo consenso científico sobre a mudança climática. Para piorar o quadro, nos primeiros meses deste ano vivia-se uma escalada de ameaças entre o presidente americano e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, cada qual ameaçando aniquilar o outro com bombas nucleares.
Desde julho de 2017, quando os norte-coreanos testaram um míssil balístico intercontinental, o mundo conviveu com uma espantosa troca de intimidações entre dois governantes imprevisíveis. Com a situação cada vez mais nebulosa, e depois de descerem ao nível das ofensas mútuas (Kim virou o “pequeno homem-foguete”, enquanto Trump foi tachado como “velho senil”), a dupla combinou uma reunião pessoal – algo que governos americanos anteriores sempre haviam evitado, pois significaria reconhecer como equivalente ao seu governante o ditador de um estado pária da comunidade internacional.
A cúpula, realizada em Singapura em junho, aparentemente foi um triunfo para Kim – em troca de um vago acordo de paz, ele conseguiu que os EUA e a Coreia do Sul suspendessem seus exercícios militares conjuntos, considerados “provocação” pelos norte-coreanos, e não especificou nenhum cronograma específico de desarmamento nuclear.
O encontro baixou por algum tempo a temperatura entre EUA e Coreia do Norte, mas serve como exemplo da instabilidade gerada por Trump no tabuleiro mundial. Para manter a pressão sobre os norte-coreanos, por exemplo, o governo dos EUA depende da boa vontade da China, com quem Pyongyang mantém mais de 90% do seu comércio. O ideal seria americanos e chineses viverem uma relação amistosa, mas a situação se complicou. Acusando o gigante asiático de obter um imenso superávit no comércio bilateral e de supostos “roubos” de propriedade intelectual, o governo Trump iniciou no primeiro semestre uma guerra comercial com os chineses de consequências ainda imprevisíveis.
Trump já é praticamente um ícone de iniciativas contrárias à paz (veja quadro ao lado), mas não está sozinho nessa lista. Um dos companheiros é o presidente russo Vladimir Putin, que não oculta a vontade de ver seu país como uma superpotência comparável à dos tempos da antiga União Soviética. Nesse embalo, os russos assumiram um papel proeminente na guerra civil da Síria e no conflito entre ucranianos e russos étnicos no leste da Ucrânia (que, inclusive, derivou para a anexação da península da Crimeia, em 2014.
A Rússia também participa – associada a posições nacionalistas, populistas e de ameaça à democracia – em eleições no Ocidente via redes sociais. Sua influência foi notória, por exemplo, na escolha do próprio Trump nos EUA e na vitória do Brexit, em 2016.
Às turbulências internacionais em relação à paz somam-se os problemas internos de cada país. A América do Sul registrou em 2017 a segunda maior taxa de homicídios entre as regiões do globo, ficando atrás apenas da América Central e do Caribe. Por seu lado, o Brasil ocupa o 106o lugar entre 163 países no Índice Global da Paz de 2018, organizado pela ONG australiana Instituto para Economia e Paz (IEP), em virtude de fatores como criminalidade e corrupção.
Com tanta violência e desalento espalhados pelo globo, é possível pensar em paz neste momento? Não só se pode, como se deve pensar sempre em paz, indicam estudos científicos. A ideia inicial para a realização desses trabalhos surgiu com uma afirmação do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi, criador da meditação transcendental. Maharishi declarou nos anos 1960 que se 1% da população mundial praticasse sua forma de meditação, as guerras desapareceriam da face da Terra.
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