EXPANSÃO AGRÍCOLA E URBANIZAÇÃO SÃO RESPONSÁVEIS POR 95% DAS MODIFICAÇÕES DOS BIOMAS NATURAIS.

O periódico Global Change Biology mostrou que 95% do globo terrestre já sofreu algum tipo de interferência causada pelo Homem. O mapa foi produzido pelo The Nature Conservancy, ONG que desenvolve ações de preservação do meio ambiente, com o objetivo de estruturar novas estratégias de conservação nos próximos anos.
                                                                    Resultado de imagem para área modificadas pela expansão agrícola
Para chegar a esses números, os pesquisadores do The Nature Conservancy usaram dados e imagens obtidos por satélites e descobriram quais atividades humanas têm alterado as paisagens. De todo o planeta, apenas a Antártida ficou de fora da análise.

Depois de fazer o mapeamento, um sistema de “classificação de ameaça” foi criado. A partir dele, os cientistas puderam apurar quais biomas estavam mais comprometidos por causa da interferência humana. Mais da metade das ecorregiões (52%) foram classificadas como moderadamente modificadas, enquanto 30% foram incluídas no grupo de baixa modificação.

Os assentamentos e a agricultura foram apontados pelo relatório como as atividades que mais modificam o meio ambiente — hoje, elas são responsáveis por alterar 48% e 40% das terras, respectivamente. Transporte, mineração, produção de energia e infraestrutura elétrica também entraram para a lista de “modificadores da paisagem”. Vale lembrar que, em alguns casos, as interferências proporcionadas por essas atividades podem se sobrepor. Numa fazenda, por exemplo, casas, estradas, pastos, plantações e postes de rede elétrica são considerados agentes de alteração de paisagem.

Dos 5% do planeta que ainda continuam intactos, as notícias não são das melhores: a maior parte deles está em regiões de alta latitude, ou seja, próximas aos pólos. Isso significa que, de toda a Terra, apenas as zonas mais frias ainda saem ilesas. Enquanto isso, as florestas tropicais e subtropicais aparecem no extremo oposto, ocupando a posição dos biomas que mais sofrem com a interferência humana.

“As organizações concordam que as grandes paisagens que ainda estão intactas no planeta são prioridade de conservação. Mas nossos resultados sugerem que apenas a menor parte da terra do mundo permanece inalterada pelas atividades humanas, enquanto a maioria está em um estado de modificação intermediária. Essas áreas também precisam ser reconhecidas e receber a atenção necessária para conservar os préstimos que eles oferecem às pessoas e à própria natureza”, lembra Joe Kiesecker, um dos autores do relatório.











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